O Ministério do Comércio da China anunciou nesta quarta-feira, 8, medidas para eliminar o tratamento diferencial entre o capital de empresas domésticas e estrangeiras. Segundo comunicado, o órgão conduzirá uma revisão nas regras de investimento estrangeiro, em esforço para "atrair e utilizar" recursos e "estabilizar o fluxo básico de comércio e investimento externo".
"Assim, vamos criar um ambiente de competição de mercado mais justo para empresas com fundos estrangeiros e estabilizar a competitividade" afirmou o Ministério do Comércio. "Investidores estrangeiros têm grandes expectativas e confiança no investimento de longo prazo da China e estão utilizando os serviços mais ativamente e efetivamente para construir uma nova tendência."
Entre as mudanças, o governo chinês pretende eliminar obstáculos para obtenção de licenças, restrições a licitações locais, discriminação ou limitação de determinadas marcas, entre outros.
O anúncio ocorre após o investimento estrangeiro direto (IED) da China ficar negativo em setembro pela primeira vez desde 1998, de acordo com cálculos do <i>Wall Street Journal</i> baseados em dados chineses.
No terceiro trimestre, o fluxo de saída de capital estrangeiro excedeu as entradas em US$ 11,8 bilhões.
Conforme o <i>WSJ</i>, o número reflete também a retirada de lucros da China por seis trimestres consecutivos, totalizando mais de US$ 160 bilhões no fim de setembro, processo que teria começado após o aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) nos EUA.
<i>*Com informações da Dow Jones Newswires</i>