A China criou três novos corpos militares como parte das reformas para modernizar suas forças armadas – maior força permanente do mundo – e melhorar a sua capacidade de luta.
Neste sábado, a televisão estatal mostrou o presidente Xi Jinping dando bandeiras militares para os líderes das três novas unidades – um comando geral para o Exército Popular de Libertação (EPL), uma força de mísseis e uma força de apoio estratégico. Na cerimônia, que aconteceu na última quinta-feira (31), Jinping, juntamente com oficiais e soltados do EPL, cantaram o hino nacional.
O presidente chinês disse que as três novas unidades foram criadas como parte de uma reforma modernizadora e “para realizar o sonho chinês de ser uma potência militar”. Ele promulgou a ideia de um “um sonho chinês” envolvendo “a grande renovação da nação chinesa”, e se tornar uma potência militar é uma das chaves para isso.
A reforma militar vem ao mesmo tempo em que a China se torna mais contundente em suas reivindicações de território no Mar da China Oriental e Mar do Sul da China, aumentando as tensões com os países vizinhos. Em uma tentativa de mostrar que a China não representa uma ameaça expansionista, Xi Jinping anunciou em setembro que iria reduzir em 300 mil homens sua força de 2,3 milhões de militares. Mesmo assim, continuará a ser o maior exército do mundo.
Descrito por Jinping como um “núcleo de dissuasão estratégica”, a Força de Mísseis do EPL irá substituir a Segunda Força de Artilharia no controle do arsenal nuclear e de mísseis convencionais da China. A nova Força de Apoio Estratégico provavelmente vai ficar concentrada em guerra cibernética. Outros planos de reforma incluem substituição de equipamentos antigos e desenvolvimento de novos sistemas de armas.
As reformas pretendem também aumentar o controle da liderança do partido sobre o exército. As forças armadas chinesas eram supervisionadas por quatro sedes, mas agora, o comando geral do exército é controlado diretamente pela Comissão Militar Central, comandada por Xi Jinping.
O poder militar tem sido o foco de uma campanha contra a corrupção liderada pelo presidente da China. Os dois oficiais mais graduados, que foram acusados de aceitar subornos, eram vice-presidentes da Comissão Militar Central. Fonte: Associated Press