A China acusou os Estados Unidos de "intimidação" e uso de "padrões duplos" nesta segunda-feira (27) por imporem o que chamou de sanções "ilegais" a empresas chinesas, como parte de iniciativas de Washington contra o Grupo Wagner da Rússia, que está envolvido em intensos combates no leste da Ucrânia, além de firmas e indivíduos relacionados.
As entidades foram punidas por seu papel na guerra na Ucrânia e atividades mercenárias, incluindo abusos de direitos humanos, na África.
As sanções "não têm base na lei internacional ou autorização do Conselho de Segurança", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, acrescentando que as medidas punitivas estão "prejudicando seriamente os interesses da China".
"Ao mesmo tempo em que os EUA têm intensificado seus esforços para enviar armas a uma das partes no conflito, resultando em uma guerra sem fim, frequentemente têm divulgado informações falsas sobre o fornecimento de armas da China à Rússia, aproveitando a oportunidade para impor sanções a empresas chinesas sem motivo", afirmou a porta-voz.
Os departamentos do Tesouro e de Estado dos EUA impuseram as sanções a dezenas de afiliados do Grupo Wagner, incluindo unidades na República Centro-Africana e nos Emirados Árabes Unidos. As sanções também afetaram a Spacety China, que forneceu imagens de satélite da Ucrânia a afiliadas do Grupo Wagner, e uma subsidiária da empresa chinesa em Luxemburgo. Fonte: Associated Press.