As exportações chinesas à Rússia de microchips e outros componentes eletrônicos e matérias-primas, algumas com aplicações militares, têm aumentado desde a invasão de Moscou à Ucrânia, o que complica os esforços dos Estados Unidos e de aliados ocidentais para isolar a economia da Rússia e prejudicar suas forças militares.
O envio de chips da China para a Rússia mais que dobrou, a cerca de US$ 50 milhões, nos primeiros meses de 2022, na comparação com igual intervalo do ano passado, segundo dados oficiais de Pequim. A exportação de outros componentes, como circuitos impressos, teve crescimento de dois dígitos. Os volumes exportados de óxido de alumínio, usado para fazer alumínio, um importante material para a produção de armas e aeronaves, cresceu 400 vezes ante o mesmo intervalo de 2021.
O avanço nos valores exportados pela China podem ser em parte explicados pela inflação. Mas os dados mostram que os vendedores de tecnologia da China têm mantido negócios com a Rússia, mesmo ante a postura americana. No mês passado, o Departamento do Comércio impôs sanção contra cinco empresas chinesas de eletrônicos por supostamente ajudarem o setor de defesa da Rússia.
O Departamento do Comércio afirmou em resposta por escrito não acreditar que a China esteja buscando contornar os controles de exportação dos EUA à Rússia, mas comentou que monitora com cuidado o assunto e que "não hesitará em empregar todos nossos instrumentos legais e regulatórios contra partes que provêm apoio aos militares russos".
Autoridades da China, por sua vez, têm afirmado que o país não vende armas à Rússia. As exportações gerais da China para a Rússia têm recuado de modo substancial, neste ano, com muitas companhias chinesas temendo o comportamento dos EUA no caso. Fonte: Dow Jones Newswires.