Economia

China influencia juros futuros; produção também alimenta volatilidade

As bolsas da China voltaram a fechar mais cedo nesta quinta-feira, 7, com apenas 30 minutos de sessão, após o sistema de circuit breaker interromper os negócios. O movimento ocorreu depois de o governo enfraquecer novamente o yuan, o que sinaliza uma tentativa de estimular as exportações e tentar evitar uma desaceleração mais forte da economia. Na primeira reação, os juros futuros mais longos avançaram, mas em seguida apresentaram volatilidade, alimentada também pelo resultado da produção industrial brasileira.

O sentimento negativo se intensificou após a principal bolsa chinesa, a de Xangai, voltar a despencar, disparando um novo sistema de circuit breaker – que estreou na segunda-feira – pela segunda vez esta semana. O pregão desta quinta durou cerca de 30 minutos e foi o mais curto na história de 25 anos do mercado chinês. Após os ajustes finais, o índice Xangai composto encerrou o dia com queda de 7,05%, a 3.125,00 pontos. O mau humor foi atribuído a sinais de que o PBoC (o banco central chinês) está disposto a permitir que a moeda chinesa, o yuan, continue se enfraquecendo.

A China faz os vencimentos mais longos subirem, com o sentimento de aversão ao risco. Ao mesmo tempo, a perspectiva de um crescimento mais fraco no gigante asiático e, consequentemente, no mundo, tira pressão da ponta curta. Isso ainda é reforçado pela queda da produção industrial, que caiu 2,4% em novembro ante outubro, pior do que o intervalo das previsões dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de 1,83% a alta de 0,80%. Em relação a novembro de 2014, a produção caiu 12,4%.

Às 9h39, o DI para abril de 2016 projetava taxa de 14,600%, ante 14,644% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2017 indicava 15,40%, de 15,52% na véspera. O DI para janeiro de 2018 mostrava 15,98%, de 16,07%. O DI para janeiro de 2021 indicava 16,15%, de 16,11%. E o DI para janeiro de 2023 estava em 16,09%, de 16,06%.

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