O governo da China negou nesta quarta-feira, 13, as informações de uma reportagem do Wall Street Journal que garantia que diplomatas chineses iniciaram negociações com a oposição venezuelana para proteger seus investimentos no país. “A reportagem é falsa. É fake news”, afirmou Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
O Wall Street Journal disse que diplomatas chineses, preocupados com investimentos e projetos no setor de petróleo na Venezuela, mantiveram conversas em Washington com representantes de Juan Guaidó, líder da oposição e presidente autoproclamado do país, que lidera os esforços dos EUA para destituir o chavista Nicolás Maduro.
Os acordos de empréstimos que envolvem a venda de petróleo feitos pela Venezuela com a China são uma importante fonte de recursos para o governo venezuelano. Oficialmente, no entanto, Pequim diz apenas que “está em contato próximo com todos os partidos da Venezuela.
“Não importa como a situação evolua, a cooperação China-Venezuela não deve ser afetada”, afirmou o governo, em nota. “O dialogo pacífico e a via política são a única forma de avançar rumo a uma paz duradoura na Venezuela.”
Na última década, a China emprestou à Venezuela US$ 65 bilhões. Caracas ainda deve a Pequim cerca de US$ 20 bilhões, segundo o Wall Street Journal. A única chance de receber a dívida seria evitar o colapso da indústria venezuelana do petróleo, embora os baixos preços do combustível e a crise econômica não sejam favoráveis a essa possibilidade. (Com informações da Associated Press).