O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse nesta quinta-feira, 25, que os Estados Unidos desejam trabalhar em várias frentes com "o Partido Comunista" da China, lembrando que os dois países já fecharam anteriormente a fase 1 de um acordo bilateral. Segundo ele, porém, para isso Pequim precisa mudar sua postura, deixando por exemplo de "roubar propriedade intelectual" e também sugerindo que os americanos querem mais acesso a mercados de capital chineses.
Pompeo falou em um fórum virtual e também respondeu a questões. Ele criticou o fato de que a China deseja manter seu status de país em desenvolvimento na Organização Mundial de Comércio (OMC), que lhe dá vantagens, mas já é a segunda maior economia do mundo.
Além disso, destacou o fato de que a China tem acesso ao mercado de capitais americanos "de modo que não temos lá".
O secretário de Estado também voltou a criticar a intenção chinesa de querer impor uma nova lei de segurança para reforçar o controle sobre Hong Kong, o que para os EUA representa na prática o fim do modelo "Um país, dois sistemas" atualmente em vigor.
"Não apenas os EUA, o mundo confronta a China" pelo avanço sobre Hong Kong, disse ele.
Pompeo ainda defendeu a estratégia do governo do presidente Donald Trump de abandonar o acordo nuclear multilateral com o Irã. Segundo ele, Teerã escolheu descumprir a iniciativa, por isso a decisão americana.
O secretário de Estado foi também questionado sobre a questão da retomada das viagens, após ter sido superado o auge da pandemia da covid-19.
Segundo ele, os EUA pretendem trabalhar com seus parceiros europeus para definir como retomar essas viagens, sempre se baseando na ciência e nos dados disponíveis para essas decisões.