O Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) afirmou, em relatório anual divulgado hoje, que a segunda maior economia do mundo está ainda sujeita a enfrentar em 2019 eventos que envolvam altos riscos que são frequentemente ignorados.
Mais no começo do ano, autoridades chinesas haviam alertado sobre esse tipo de evento, que é conhecido como “rinoceronte cinza”, e também sobre os chamados “cisnes negros”, que são ocorrências difíceis de prever, num momento em que Pequim seguia adiante com sua campanha para desalavancar a economia.
No documento de hoje, o PBoC prometeu aprimorar no próximo ano a coordenação entre os diferentes reguladores financeiros e priorizar problemas que ameacem a estabilidade social e que imponham riscos sistêmicos.
O nível de endividamento corporativo da China diminuiu em 2017, mas reguladores ainda precisam monitorar os níveis de dívidas de empresas estatais e os riscos associados a dívidas implícitas de governos locais, avalia o relatório.
O PBoC também ressaltou que os esforços de Pequim para restringir dívidas implícitas de governos locais poderão trazer à tona mais riscos em instituições financeiras e, desta forma, riscos fiscais poderão eventualmente se transferir para o setor financeiro da China.
O relatório também afirma que o impacto do atual conflito comercial com os EUA sobre o crescimento econômico chinês deverá ser limitado, mas sinaliza preocupação com os possíveis efeitos no sentimento dos investidores. Fonte: Dow Jones Newswires.