O governo chinês protestou nesta sexta-feira contra a presença do Dalai Lama em um evento público com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Segundo o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Hong Lei, os EUA estão explorando a imagem do líder tibetano com propósitos políticos.
Obama e Dalai Lama se encontraram em evento em Washington, na quinta-feira. Esta foi a primeira vez que eles se encontraram, e Obama o saudou como um “bom amigo.”
“Nós nos opomos a qualquer país que permita que o Dalai o visite, e nós nos opomos a qualquer interferência externa nos assuntos internos do país”, afirmou Hong em uma coletiva de imprensa. A China vê o Dalai Lama como um líder que, do exílio, que fomenta a independência do Tibet.
Oficiais chineses frequentemente se referem ao Dalai Lama como apenas “Dalai”, minimizando sua legitimidade religiosa. O país considera o Tibet como parte de seu território por mais de sete séculos. Tibetanos, entretanto, afirmam que seu país foi independente a maior parte desse tempo.
O Dalai Lama se exilou na Índia em 1959, após uma tentativa de rebelião fracassada contra o jugo chinês. Pequim frequentemente impõe medidas diplomáticas e comerciais punitivas contra países que se encontram com ele. Desta vez, entretanto, não houve nenhum comentário a respeito.
Em 2012, o Partido Comunista cancelou uma cúpula anual com a União Europeia após o presidente François Sarkozy, que presidia a liderança rotatória da UE, se encontrar com o Dalai Lama. As relações entre os dois países também esfriaram depois do encontro, e só voltaram ao normal depois que Paris afirmou que não iria se encontrar novamente com o líder tibetano. A Grã Bretanha passou pelo mesmo constrangimento. Fonte: Associated Press.