Estadão

China restringe venda de ações, para tentar apoiar mercado

Reguladores chineses têm adotado uma abordagem nova para apoiar o enfraquecido mercado acionário local, ao proibir muitos acionistas das maiores companhias de vender seus papéis. O mercado acionário doméstico de US$ 11 trilhões do país tem exibido resultado fraco neste ano, depois de um rali pós-covid, abalado por uma economia fraca, pela saída de capital estrangeiro e por um crescente senso de nervosismo entre pequenos investidores.

O índice CSI 300, das maiores empresas listadas no país, recua 4,1% até agora neste ano, após perdas nos dois anos anteriores.

Autoridades na China têm adotado vários passos para fortalecer o mercado recentemente, entre eles cortar um tributo sobre negociação de ações e reduzir o ritmo das novas listagens, para ajudar a equilibrar a oferta e a demanda.

O regulador de ativos do país também restringiu a venda de papéis dos acionistas controladores de companhias listadas que não pagam dividendos nos últimos três anos, ou daquelas ações negociadas abaixo dos preços da oferta pública inicial ou do valor líquido dos ativos.

As novas regras na prática colocam restrições à venda de ações de cerca de metade das mais de 5 mil companhias que operam em Xangai ou Shenzhen, segundo a Wind, provedora de dados financeiros.

Grandes acionistas de todas as companhias listadas também foram encorajados a manter suas participações ou segurar seus papéis por períodos mais longos.

Acionistas de mais de 200 empresas responderam ao cancelar planos de reduzir participações, fazendo promessas públicas de não cortá-las mais. As autoridades ainda têm sido rápidas em agir contra os que não cumprem as regras, multando quem as desobedeceu. Fonte: <i>Dow Jones Newswires</i>.

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