A Great Wall Motor (GWM), marca chinesa que está desembarcando no Brasil, atualizou seu plano de produção local de automóveis eletrificados durante a reunião na tarde desta sexta-feira com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A montadora, que pretende investir R$ 10 bilhões em dez anos no Brasil, segue com o cronograma de iniciar em maio, ainda em fase de testes de produção, as atividades na fábrica adquirida da Mercedes-Benz em Iracemápolis, no interior de São Paulo. Houve, no entanto, um ajuste na programação dos modelos que serão montados na unidade.
Ao invés de uma picape, como previsto antes, a GWM iniciará a produção com um utilitário esportivo (SUV) híbrido da linha Haval. O retorno gradual, a partir deste mês, da taxação de carros híbridos e elétricos importados levou a montadora a antecipar a produção local de seu produto mais vendido no mercado brasileiro.
Na reunião com Haddad, o CEO Americas da GWM, James Yang, esteve acompanhado do diretor de assuntos institucionais, Ricardo Bastos, e do diretor financeiro da empresa, Way Chien. Logo após o encontro, o ministro deixou o gabinete da pasta em São Paulo sem falar com a imprensa.
Como informou, na segunda-feira, o <b>Estadão</b>, o governo prepara benefícios a montadoras que estão investindo na produção de carros híbridos e elétricos como forma de minimizar, enquanto as linhas não entram em operação, o impacto da volta do imposto de importação.
Segundo relato de Ricardo Bastos, o novo regime automotivo – chamado de Mover, com incentivos fiscais de até R$ 19,3 bilhões até 2018 para a produção de carros mais seguros e menos poluentes – também esteve na pauta da reunião com o ministro da Fazenda. A empresa, conforme seu diretor de assuntos institucionais, colocou-se à disposição para colaborar com a regulamentação do programa e a atração de novas tecnologias.
"Também apresentamos o plano de investimentos da GWM para o Brasil, com os ajustes feitos no produto e iniciando a produção nacional pelo Haval, em 2024", contou Bastos.