Depois de um fim de semana quase sem chuvas, os rios das bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), que sofrem influência do Sistema Cantareira, apresentaram forte queda de vazão nesta segunda-feira. Em média, o nível estava a menos de um terço do que atingiu após as chuvas da semana passada. O recuo indica que o sistema continua muito dependente das chuvas, o que aumenta o risco de desabastecimento na área do PCJ – regiões de Campinas, Jundiaí e Piracicaba – a partir de abril, quando começa o período de estiagem.
O Rio Piracicaba, o principal da região, refluiu de 301,5 metros cúbicos por segundo na sexta-feira para 92,5 na medição da tarde desta segunda-feira. A vazão do Rio Atibaia, que abastece Campinas e outras cidades da região, caiu de 60,3 metros cúbicos por segundo para 27,1 no ponto de captação de Campinas, enquanto a vazão do Rio Jaguari, oscilou de 52,6 para apenas 9,4 metros cúbicos por segundo em Morungaba. Apesar da queda, a vazão de referência desses rios era considerada boa, segundo a Sala de Situação do Consórcio PCJ.
Na média, as vazões estavam bem acima do nível de alerta – quando os usuários são informados sobre a possibilidade de terem de adotar medidas de restrição. Uma portaria conjunta da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), publicada no final de janeiro, estabelece redução de 20% na captação para abastecimento público e uso animal quando a vazão cai abaixo do nível de alerta. Para uso industrial e agrícola, a redução é de 30%. Desde que as novas regras entraram em vigor, não houve necessidade de reduzir as captações, já que as chuvas ajudaram a manter a vazão dos rios.