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Chuvas devem voltar ao Sudeste após 15 de outubro

Após nove meses consecutivos com as vazões afluentes mais baixas da história, o Sistema Cantareira deve receber um alívio no mês que vem. O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) afirma que não há nenhum elemento que impeça o início da estação chuvosa no Sudeste, onde ficam os rios e represas que formam o maior manancial paulista, e prevê a volta das chuvas com mais frequência na região a partir da segunda quinzena de outubro.

“Nós estamos com todos os indícios de que o padrão da estação seca deve quebrar-se nas próximas semanas. Então, possivelmente as chuvas devem começar a ocorrer com mais frequência a partir da segunda quinzena de outubro. Agora, se vai chover mais ou se vai chover menos (do que a média) é outra questão, difícil de dizer, porque a previsibilidade de três meses para a Região Sudeste é muito baixa”, explicou Gilvan Sampaio, pesquisador do Inpe, durante a reunião climática do instituto feita no dia 26.

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) espera o retorno das chuvas para não ser obrigado a decretar racionamento oficial de água na Grande São Paulo, onde cerca de 6,5 milhões de pessoas ainda são abastecidas pelo Cantareira. Ontem, o sistema estava com apenas 7% da capacidade, operando exclusivamente com água do volume morto, a reserva profunda dos reservatórios.

Segundo Sampaio, a formação de nuvens na Região Norte e os ventos que têm soprado em direção ao Sul nos últimos dez dias indicam um comportamento padrão do transporte de umidade da Amazônia que provoca chuva no Centro-Sul na primavera. “Não dá para dizer a partir de quando. Pode ser no dia 15 como pode ser no último dia de outubro”, explica o pesquisador. No Sudeste, o período chuvoso vai de outubro a março.

Previsão

Entre esta quarta-feira, 1, e o dia 10, contudo, não há previsão de chuva no Cantareira, segundo o CPTEC. O retorno das precipitações a partir da segunda quinzena também não garante que o nível das represas voltará a subir, por causa do “efeito esponja” provocado pelo solo erodido nas áreas secas das represas. Outro dado negativo para quem busca economia de água no manancial é que as temperaturas até dezembro devem ficar acima da média no Sudeste.

Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a falta de chuva e o calor intenso foram responsáveis pela crise no Cantareira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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