As chuvas que atingem o Estado do Rio de Janeiro desde a última sexta-feira, 7, já deixaram cerca de 1.200 desalojados (pessoas que precisaram sair de casa, por risco de acidente, mas têm onde se abrigar, sem auxílio do poder público) e 300 desabrigados (pessoas que precisaram sair de casa e dependem do poder público para conseguir abrigo), segundo balanço divulgado às 16h30 desta segunda-feira, 10, pela secretaria estadual de Defesa Civil.
Os bombeiros já atenderam mais de 200 chamadas decorrentes da chuva, em 22 municípios. A situação é mais crítica nas regiões norte e noroeste do Estado, mas houve ocorrências em todas as regiões. Até esse balanço, não havia registro de mortes. Cada prefeitura tem divulgado os próprios dados atualizados sobre ocorrências em seu território, então é possível que a qualquer momento o número de desalojados e desabrigados aumente, mesmo sem novo balanço do Estado.
Nas regiões norte e noroeste, os rios Muriaé, Carangola, Itabapoana, Pomba e Paraíba do Sul transbordaram, afetando pelo menos dez cidades: Itaperuna, Italva, Natividade, Porciúncula, Bom Jesus do Itabapoana, Laje do Muriaé, Cambuci, Aperibé, Santo Antônio de Pádua e Cardoso Moreira.
Na região serrana houve registros de deslizamentos, alagamentos, interdições de vias, quedas de muros e árvores em Carmo, Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Cordeiro, São Sebastião de Alto, Cantagalo, Macuco e Trajano de Moraes.
Na região sul ocorreram deslizamento de terra e obstrução de via em Mendes, e na região metropolitana há registros de deslizamentos, desabamentos, quedas de árvores e quedas de muros em Niterói e Cachoeiras de Macacu. Nesta cidade, moradores tiveram que ser resgatados de suas casas de barco.
Segundo o governo do Estado, na terça-feira, 11, a chuva deve continuar, em intensidade moderada e eventualmente forte, na capital e nas regiões serrana, sul e da Costa Verde, da manhã até o fim da tarde. Nas demais regiões do Estado a chuva deve ser fraca ou eventualmente moderada.