Estadão

Chuvas podem deixar um terço do Paquistão inundado

O Paquistão mobilizou ontem milhares de militares e voluntários em uma operação para resgatar pessoas isoladas pelas enchentes que atingiram o país nas últimas semanas e ameaçam deixar um terço do país – uma área do tamanho do Reino Unido – debaixo dágua. Desde junho, 1.136 pessoas morreram em decorrência das chuvas, número que pode ser ainda maior, pois equipes de emergência não conseguiram chegar a todas as regiões.

Mais de 33 milhões de pessoas foram afetadas pelas inundações provocadas pelas chuvas de monções excessivamente fortes deste ano. Segundo o primeiro-ministro, Shehbaz Sharif, a situação não tem precedente em 30 anos. "Há um oceano de água de enchente por todos os lados", afirmou.

As províncias de Sindh e Baluquistão, no sul do país, sofreram a maior destruição. Somente em Sindh, 1.800 acampamentos foram montados para os que perderam suas casas. No Baluquistão, mais de 61 mil casas foram parcial ou totalmente danificadas pelas inundações.

<b>ISOLAMENTO</b>

Grandes áreas do Paquistão estão isoladas e inacessíveis às equipes de ajuda humanitária, pois estradas e pontes ficaram submersas. O receio de que o número de mortos possa aumentar de forma significativa ao se chegar a essas regiões fez com que algumas autoridades já considerassem a atual crise pior do que as enchentes de 2010, quando aproximadamente 1.700 pessoas morreram.

O governo paquistanês tem atribuído os fenômenos extremos deste ano às mudanças climáticas causadas pelo homem. A ministra do Meio Ambiente, Sherry Rehman, descreveu a chuva incomum como uma "monção monstruosa" exacerbada pelas mudanças climáticas. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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