Clima

Ciclone subtropical ganha força no litoral brasileiro: entenda como ele funciona e os riscos

Com formação iniciada desde a noite de quarta-feira, 14, o ciclone subtropical continua ganhando força em alto-mar, na costa do Rio de Janeiro, conforme classificação do fenômeno feita pela Marinha do Brasil. A previsão é de fortes chuvas em áreas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

“Este ciclone subtropical é o primeiro deste ano e foi identificado na análise meteorológica da Marinha. O sistema se encontra a cerca de 235 km afastado da costa do Estado do Rio de Janeiro e seus impactos serão sentidos principalmente em alto-mar”, prevê a empresa de meteorologia.

Ainda na quarta-feira, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho para grande perigo de tempestades intensas no Vale do Paraíba Paulista, no litoral norte de São Paulo, no sul fluminense e na região metropolitana do Rio de Janeiro até quinta-feira, 15.

No momento, consta o aviso laranja em que há perigo para chuvas intensas principalmente no sul Fluminense, Vale do Paraíba Paulista e região metropolitana do Rio de Janeiro. O alerta pode ser atualizado a qualquer instante.

“Há risco para chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, com ventos intensos (60-100 km/h). Há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas”, estima o Inmet.

Segundo a Climatempo, a expectativa é que este sistema continue ganhando força e se transforme em uma tempestade subtropical na noite desta sexta-feira.

“Se isto ocorrer, este sistema será nomeado de Akará, espécie de peixe em Tupi antigo. Apenas as tempestades subtropicais recebem um nome e somente a Marinha do Brasil batiza estas baixas pressões atmosféricas especiais”, disse a empresa de meteorologia.

Na quinta-feira, o Inmet já havia alertado que, em caso de persistência das condições atmosféricas e da intensificação do vento, o ciclone poderia ser classificado como uma tempestade subtropical.

A Climatempo lembra ainda que a última depressão subtropical registrada foi entre os dias 6 e 9 de janeiro de 2023. Já a última tempestade subtropical foi a Yakecan, em meados de maio de 2022.

<b>Entenda as diferenças:</b>

– <b>Depressão subtropical ou ciclone subtropical:</b> é uma área de baixa pressão atmosférica que se forma em latitudes subtropicais, que gera ventos de até 63 km/h. É caracterizada por ar quente em superfície e em médios níveis da atmosfera (de 3km a 5 km) e por ar frio em níveis superiores (acima de 5km), de acordo com a Climatempo;

– <b>Tempestade subtropical:</b> é um ciclone subtropical, mas com pressão atmosférica mais baixa do que uma depressão subtropical. Por isso, os ventos gerados são mais fortes e podem ficar entre 63 km/h e 118 km/h. Segundo a empresa de meteorologia, o fenômeno é caracterizado por ar quente em superfície e em médios níveis da atmosfera (de 3km/h a 5 km/h) e por ar frio em níveis superiores (acima de 5 km).

<b>Previsão do tempo para a capital paulista</b>

Na sexta-feira, 16, a nebulosidade diminui, o sol aparece e as temperaturas sofrem ligeiro aumento no período da tarde, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo. Para a capital paulista, há baixa probabilidade de chuva.

“O fim de semana será marcado por sol entre nuvens, o que favorece a elevação da temperatura no período da tarde. Há previsão de pancadas isoladas de chuva, porém com baixo potencial para a formação de alagamentos”, acrescenta o órgão municipal.

<b>Veja a previsão para a cidade de São Paulo nos próximos dias, de acordo com a Meteoblue:</b>

– Sexta-feira: entre 18ºC e 23ºC;
– Sábado: entre 18ºC e 25ºC;
– Domingo: entre 19ºC e 26ºC.

<b>Em caso de perigo, fique atento a algumas recomendações:</b>

Desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia;

– Em caso de enxurrada ou similar, coloque documentos e objetos de valor em sacos plásticos;

– Em caso de situação de grande perigo confirmada: procure abrigo; evite permanecer ao ar livre;

– Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

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