Os baixios do Minhocão, como é, popularmente, conhecido o Elevado Costa e Silva, na região central, vão ganhar canteiros com flores e reforço na iluminação, com lâmpadas de LED (sigla em inglês para diodo emissor de luz), mais potentes do que as atuais. Para sair do papel, essas intervenções aproveitarão as obras da ciclovia que está sendo construída sob a estrutura, e que deve ser entregue até o fim de junho. O projeto vem sendo tocado por três secretarias municipais: de Transportes, Serviços e Desenvolvimento Urbano.
Segundo Jilmar Tatto, titular da pasta de Transportes, essa intervenção “é justamente para pensar o Minhocão como um todo”. “Não é só um sistema cicloviário. É uma intervenção urbanística embaixo do Minhocão, independentemente do debate sobre se derruba ou se cria um jardim (sobre o elevado). O que vamos fazer aqui é requalificar e tornar este um lugar onde as pessoas possam andar de bicicleta com tranquilidade.”
Apenas as obras da ciclovia, que está sendo construída no canteiro central de vias como a Rua Amaral Gurgel e a Avenida São João, consumirão R$ 7,6 milhões. Tanques com vegetação serão construídos perto das pilastras do elevado, onde a ciclovia fará bifurcações. Para as faixas de bicicletas passarem ao lado das colunas o calçamento do canteiro central está sendo alargado. Nesses trechos, grades serão instaladas para a proteção dos ciclistas.
A ciclovia terá aproximadamente 3,5 quilômetros de comprimento, entre as imediações da Rua Major Sertório e a região da Barra Funda, na zona oeste, onde termina o Minhocão. Ela será conectada com outras ciclovias que ocupam ruas transversais ao eixo do elevado.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou ainda que, além dos canteiros de flores e da iluminação reforçada, a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) estuda a instalação de equipamentos de ginástica embaixo da estrutura, aproveitando as bifurcações da ciclovia.