O novo ministro da Educação, Cid Gomes (Pros), prometeu nesta sexta-feira, 2, implantar a reforma do ensino médio em um prazo de dois anos. O compromisso foi uma das principais bandeiras da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, que anunciou ontem que o slogan do novo governo é “Brasil, pátria educadora”.
“Esse é um processo que demandará muito diálogo, porque os sistemas (de educação) no Brasil são autônomos. Queremos abrir um processo de discussão para examinar alternativas de aprofundamento por áreas e currículos que tenham identificação com as realidades regionais. Esse processo não se fará do dia pra noite, imagino que, começando agora, a gente possa pensar no prazo de dois anos para ter a sua implantação”, disse Cid a jornalistas, logo após participar da cerimônia de transmissão de cargo.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2013 apontou estagnação no ensino médio – a nota permaneceu em 3,7. Na rede privada, houve queda na nota: de 5,7 para 5,4, quando o índice de 2013 é comparado ao de 2011.
Durante a campanha, o MEC foi acusado de retardar a divulgação do Ideb por conta do período eleitoral. Na época, o então ministro da Educação, Henrique Paim, disse que o índice colocava “em xeque” a gestão de Estados e municípios na área.
Resolução
A reforma curricular do Ensino Médio está prevista em resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em maio de 2011. Desde 2009, o Ministério da Educação (MEC) conta com o programa Ensino Médio Inovador, que apoia o desenvolvimento de mudanças curriculares.
“Isso (a reforma no ensino médio) não é uma coisa que eu possa dizer como será, isso tem de ser antecedido por um grande processo de discussão. Cada um tem opiniões e eu particularmente penso que é importante que a gente, já no Ensino Médio, vá oferecendo a possibilidade de aprofundamento em áreas onde ele (estudante) tenha mais identificação, mais afinidade”, observou Cid.