Cidades

Cidade ainda tem pelo menos quatro escolas de lata

Três pertencem à rede pública estadual de ensino e uma à rede municipal

Guarulhos ainda tem pelo menos quatro das chamadas escolas de lata – com paredes e estruturas de metal. Destas, três pertencem à rede pública estadual de ensino e uma à rede municipal. É o que apurou a reportagem junto aos pais, alunos e até funcionários das instituições.

As escolas estaduais são Bom Pastor I, na rua Felipe Marcondes Rúbio, Recreio São Jorge; Cocaia, na rua Walter Pereira de Lima, no bairro que dá nome à instituição; e Ponte Alta, na estrada Mato das Cobras, no Ponte Alta. Já a instituição pertencente à rede municipal trata-se da escola Jean Piaget, na rua Luiz Meloni, no Jardim Acácio.

A operadora de telemarketing, Maslova Alves dos Santos, 29 anos, conta que seus três filhos estudam em escolas de lata. Um deles, com 11 anos, está matriculado na E.E. Bom Pastor I e outros dois, de oito e nove anos, são alunos da E.P.G. Jean Piaget. “Meu filhos sempre reclamam que no verão o calor é insuportável na sala, já no inverno a temperatura no ambiente é muito fria”, explica. Um ex-funcionário da Bom Pastor I confirma a informação de Maslova.

Quanto à escola Jean Piaget, a Reportagem  ouviu depoimentos de crianças matriculadas e elas informam que as paredes que dividem as salas de aulas são de metal, com material interior de madeira. Um dos menores teria constatado a informação por meio do barulho emitido ao bater nas paredes.

As paredes externas da escola, assim como nas demais citadas, são de outro material, semelhante ao cimento das paredes convencionais.

Na E.E. Cocaia, um aluno confirma que as paredes internas ainda são de lata. Ele ainda mostra  sobras do material em um terreno baldio em frente à escola. “O dono deste terreno pegou duas partes que foram descartadas em uma reforma. Mas as paredes das salas ainda são deste material”, disse o menor. Já na E.E. Ponte Alta, uma professora que preferiu não se identificar disse que as paredes internas ainda são de lata.

Apesar dos depoimentos de pais, alunos e funcionários, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não há mais escolas de lata em todo território estadual. A Secretaria Municipal da Educação, para a qual a reportagem encaminhou questionamentos na sexta-feira, não se pronunciou até o fechamento da edição.

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