Não é novidade para ninguém que o ex-prefeito Sebastião Almeida (ex-PT) entregou a administração municipal a Guti (PSB) em uma situação completamente caótica nas mais diferentes áreas. Porém, poucos poderiam imaginar que a situação era pior do que poderia parecer. Além dos diversos problemas enfrentados pela população, os novos titulares das mais diferentes pastas vêm encontrando situações que remetem a uma cidade devastada.
Multiplicando-se
Os cortes anunciados pelo prefeito Guti (PSB), estimados em aproximadamente 30%, começaram pela diminuição de pessoas ligadas ao primeiro e segundo escalões. Nas mais diversas secretarias, o enxugamento é flagrante. Sem os quase dois mil comissionados exonerados no primeiro dia de governo, por força de uma ação judicial ainda contra Almeida, quem ficou (servidores de carreira, secretários e adjuntos) está se desdobrando para cumprir com todos os afazeres. Para piorar a situação, a falta de material de trabalho é uma constante.
Nem caneta
Em uma determinada secretaria, o titular – no momento de assinar um documento – percebeu que não havia uma caneta sequer. Ao pedir para um assessor próximo, descobriu que o estoque estava vazio. Dias depois, chegou ao local de trabalho e se deparou com uma caneta nova em sua mesa. Em seguida, ficou sabendo que os funcionários fizeram uma “vaquinha” para comprar algumas esferográficas para poderem trabalhar.
Superação
Interessante observar que há no primeiro escalão de Guti uma vontade enorme de superar todos esses obstáculos e fazer as coisas acontecerem. Os secretários estão indo para compromissos públicos com seus carros particulares, abastecendo-os com o próprio dinheiro e, o melhor, sem reclamar. Um deles revelou: “isso tudo nos estimula a fazer tudo o que é necessário para que nossa cidade vá para frente”.
Empurra
Quem trafega pelas estradas na região do Cabuçu, onde ocorrem as obras do Rodoanel Norte, está de cabelo em pé. Ninguém quer se responsabilizar pelos estragos que estão deixando algumas vias quase intransitáveis, devido ao excesso de veículos. A Dersa, responsável pelo empreendimento, encaminha as demandas para as construtoras. Essas, por sua vez, garantem que estão cumprindo com suas obrigações. Passa da hora da Prefeitura de Guarulhos intervir e exigir que os cidadãos não sejam os grandes prejudicados.