Para os 4.284 casos confirmados de portadores de HIV/Aids em Guarulhos, a cidade conta com três unidades de saúde para a realização de tratamento médico. A assistência aos soropositivos é prestada no Ambulatório Walter Belda do Complexo Hospitalar Padre Bento, no Gopouva, no Serviço de Assistência Especializada (Sae) Carlos Cruz, e no Ambulatório da Criança do Sae Pediátrico. Para os tratamentos, o Ministério da Saúde destina R$ 500 mil por ano ao município.
Para o representante da Rede Nacional de Pessoas Convivendo com HIV/Aids (RNP) em Guarulhos, Jadir Ronaldo do Amaral, a cidade necessita de novas unidades de atendimento e mais médicos especializados. "Há, sem dúvida, a necessidade de mais centros de saúde no município para os soropositivos, principalmente pela falta de infectologistas", diz Amaral.
Ele menciona a previsão de instalação de um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) no Instituto Diet (Direito, Integração e Educação Terapêutica em Saúde e Cidadania) Guarulhos, mas frisa, "a administração pública deve investir na criação de outras CTAs, especialmente nas áreas mais distantes da região central, como é o caso do Pimentas, bairro muito populoso".
Em contrapartida, o presidente do Instituto Diet Guarulhos, Enrico de Sena Furtado, que também comenta a chegada de um CTA na sede do Diet, acredita que o atendimento aos portadores de HIV/Aids é eficaz. "Apesar da grande demanda, que é maior no Complexo Padre Bento, os pacientes que frequentam o instituto não enfrentam grades problemas para realizarem o tratamento. Além disso, não há falta de medicamentos no local", afirma.
Incidência entre jovens de 13 a 24 anos preocupa
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a incidência observada na cidade é maior entre pessoas com faixa etária entre 20 e 49 anos. No entanto, a Pasta menciona preocupação com jovens com idade entre 13 e 24 anos.
Por conta do crescimento de casos nesta faixa etária, este público terá prioridade na campanha de combate à Aids deste ano. Segundo a Pasta, nesta idade a incidência é ainda maior na população feminina e nos integrantes das classes sociais C, D e E. A assessoria de imprensa da secretaria esclarece que no sexo masculino, nessa faixa etária, a contaminação se dá principalmente por meio de relações homossexuais, ao passo que nas meninas, ocorre por relações heterossexuais.
A Saúde destaca ainda que nos últimos três anos, a cidade registrou aumento na ocorrência de casos da população acima de 50 anos, sendo 75 casos entre pessoas de 50 a 64 anos e oito na faixa etária de 65 a 79 anos.