A equipe brasileira encerrou sua participação no Mundial de Piscina Curta, em Doha, com mais uma medalha de ouro. Com Cesar Cielo e Felipe França inspirados, o revezamento 4×100 metros medley garantiu o sétimo ouro do Brasil no Catar, com o tempo de 3min21s14, à frente dos Estados Unidos (3min21s49) e França (3min22s26).
A conquista marca o quarto ouro obtido pelos brasileiros no dia. Mais cedo, Cielo levou a melhor nos 100 metros livre, França foi o campeão mundial nos 50 metros peito e Etiene Medeiros surpreendeu ao faturar o primeiro lugar nos 50 metros costas, com direito a recorde mundial.
O revezamento brasileiro começou o revezamento com Guilherme Guido no nado costas. Ele entregou na terceira colocação para França, que reduziu a vantagem dos Estados Unidos e levou o Brasil ao segundo posto ao fim do nado peito. Na sequência Marcos Macedo caiu de rendimento no borboleta e bateu em quarto.
Mas, no trecho final, Cielo mostrou força dentro da piscina de 25 metros. Ele diminui a diferença para os rivais nos primeiros 50 metros, pulou para segundo lugar na última virada e buscou Ryan Lochte nos metros finais para garantir ao Brasil a medalha de ouro.
“O pessoal fez um trabalho excepcional, me deixaram em uma situação até tranquila no revezamento”, comentou Cielo, com modéstia, em entrevista à Sportv. “Nadar revezamento é muito bacana, dividir com os amigos é muito bacana. Para o pessoal que está em casa saber, a gente trabalha muito para estar aqui”.
Felipe França também mostrou humildade após brilhar na prova. “Considero todo mundo igual neste revezamento. Estamos na mesma guerra, lutando pela mesma batalha”, declarou o dono de cinco medalhas de ouro em Doha.
Para Guilherme Guido, o título mundial no revezamento coroou a grande performance brasileira em Doha. “Esse campeonato entrou para a história, tanto no masculino quanto no feminino. O time está em sintonia”, afirmou o especialista no nado costas.
Com este resultado, a equipe brasileira alcançou a marca de sete ouros no Mundial. Ao todo, foram 10 medalhas, incluindo a primeira de uma nadadora brasileira em Mundiais, com Etiene Medeiros.
OUTROS RESULTADOS – Nos 100 metros medley, o brasileiro Henrique Rodrigues foi o sexto colocado na final, com 52s20, novo recorde sul-americano. A prova contou com novo recorde mundial, estabelecido pelo alemão Markus Deibler: 50s66. O norte-americano Ryan Lochte, uma das estrelas do Mundial, levou o bronze (51s24), enquanto o russo Vladimir Morozov faturou a prata (50s81).
Lochte faturou ainda mais duas medalhas neste domingo, prata nos 200 metros costas e no 4×100 metros medley, após ser superado pelo time brasileiro. Ao todo, o norte-americano acumulou oito medalhas no Mundial, sendo uma de ouro, quatro de pratas e três de bronze.
Chad Le Clos, outro destaque deste Mundial, também subiu ao pódio neste domingo. O sul-africano, eleito o melhor nadador do ano, conquistou seu quarto ouro ao vencer os 200 metros borboleta, com 1min48s61, novo recorde do campeonato. Le Clos se tornou o primeiro nadador a vencer as três provas de borboleta em uma mesma edição do Mundial.
FEMININO – As brasileiras Daiane Becker, Larissa Oliveira, Alessandra Marchioro e Daynara de Paula terminaram o revezamento 4×50 metros livre na oitava e última colocação, com o tempo de 1min38s78. A vitória ficou com a Holanda, que voltou a bater o recorde mundial, com o já havia feito nas eliminatórias. Elas marcaram 1min34s24.
Nos 100 metros borboleta, Daiene Dias também bateu em último, com 57s26. A medalha de ouro ficou com a sueca Sarah Sjostrom, dona de mais um recorde em Doha, com 54s61. Poucos minutos depois, a nadadora da Suécia voltou à carga e conquistou novo ouro, acompanhado de nova marca mundial.
Nos 200 metros livre, Sjostrom desbancou a húngara Katinka Hosszu, a “Dama de Ferro”, para se sagrar campeã mundial novamente. Ela estabeleceu o recorde de 1min50s78, à frente do 1min51s18 da rival da Hungria, medalhista de prata. A holandesa Femke Heemskerk ficou com o bronze (1min51s69).