A Cielo, controlada por Bradesco e Banco do Brasil, teve prejuízo líquido de R$ 75,2 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo o lucro líquido de R$ 428,5 milhões identificado em igual período do ano passado. No primeiro trimestre, a empresa teve lucro de R$ 166,8 milhões. É a primeira vez que a Cielo entrega um prejuízo trimestral em sua história.
Os números da líder do setor das maquininhas, que já sofriam a influência do aumento da concorrência de novos competidores, foram ainda mais impactados pela pandemia do novo coronavírus. Com as medidas de isolamento social adotadas para conter a propagação da doença no País, o varejo viu seu faturamento despencar, o que acertou em cheio o volume de transações financeiras capturadas pela Cielo.
A geração de caixa medida pelo Ebitda da Cielo somou R$ 236 milhões no segundo trimestre, declínio de 69,7% sobre o resultado de igual período de 2019. Em relação aos primeiros três meses de 2020, foi verificada redução de 58,9%.
A receita operacional líquida, por sua vez, registrou R$ 2,450 bilhões entre abril e junho, queda de 12,5% ante igual período do ano passado. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, foi observada retração de 13,5%.
A Cielo capturou R$ 128 bilhões em suas maquininhas no segundo trimestre, valor 22,2% menor que o registrado em igual trimestre de 2019. Em relação aos três meses anteriores, foi vista retração de 19,9%. A companhia registrou 1,237 bilhão de transações entre abril e junho, decréscimo de 25% na comparação com o trimestre anterior e de 29% ante igual trimestre do ano passado.
O volume financeiro com cartões de crédito somou R$ 70,8 bilhões no segundo trimestre, 20,1% menor em um ano. A modalidade débito, por sua vez, alcançou R$ 57,2 bilhões, aumento de 8,5%, na mesma base de comparação.
A Cielo comenta seus resultados do primeiro trimestre amanhã, dia 29, às 10 horas, em coletiva de imprensa. Às 11h30, realiza teleconferência com analistas e investidores em português, e às 13 horas, em inglês.