Uma empresa de biotecnologia dos Estados Unidos anunciou, nesta segunda-feira (7), um feito digno de ficção científica — ou de Westeros. A Colossal Biosciences revelou o nascimento de três filhotes que remetem ao lendário lobo-gigante (Aenocyon dirus), uma espécie extinta há cerca de 15 mil anos, durante a última Era do Gelo.
Para quem associa o nome à fantasia, não é por acaso: os lobos-terríveis, como também são conhecidos, inspiraram os icônicos companheiros da Casa Stark, na série Game of Thrones — animais de grande porte, pelagem densa e um ar selvagem quase mitológico.
A empresa classificou o nascimento como um caso de “desextinção”, ou seja, o retorno à vida de uma espécie extinta. Mas, na prática, trata-se de uma versão geneticamente editada do lobo-cinza, parente mais próximo do lobo-gigante. Usando trechos de DNA de dois fósseis encontrados nos Estados Unidos — um com 72 mil e outro com 13 mil anos — os cientistas alteraram 14 genes específicos, realizando 20 modificações genéticas ao todo, com o objetivo de recuperar traços físicos e comportamentais do animal extinto.
Batizados de Rômulo, Remo e Khaleesi — referências que vão da Roma Antiga a Game of Thrones — os filhotes têm pelagem branca e espessa e, segundo os cientistas, devem atingir até 70 quilos quando adultos, cerca de 25% maiores que os lobos atuais.
Apesar do entusiasmo, especialistas alertam que chamar o experimento de “ressurreição” de uma espécie talvez seja um exagero. “São animais modernos com características genéticas que se assemelham às de uma espécie extinta, mas não são cópias exatas do lobo-gigante original”, afirmam.


