Polícia

Cinco guarulhenses estão entre os seis presos por troca de malas no Aeroporto

Dos seis presos pela Polícia Federal na semana passada acusados de envolvimento com o tráfico de drogas no aeroporto internacional de Guarulhos, cinco são nascidos na cidade. Nenhum deles tinha antecedentes criminais e por isso foram empregados de empresa terceirizada que atua no município e presta uma série de serviços ao Aeroporto.

Os presos têm entre 21 e 40 anos. Segundo investigações da PF, três deles estão diretamente envolvidos na troca de etiquetas das malas das brasileiras presas injustamente por tráfico de drogas em Frankfurt, na Alemanha — o casal de Goiânia foi solto anteontem.

Um relatório da PF diz que um deles manipulou bagagens despachadas regularmente, retirou as etiquetas das malas das brasileiras Jeanne Paolini, 40, e e Kátyna Baía, 44, e as colocou em outras clandestinas, onde havia 40 kg de cocaína. O documento menciona que um outro era o responsável pela leitura das etiquetas e consentiu a troca. O terceiro seria o responsável por retirar as malas clandestinas e conduzi-las até o equipamento que levariam as bagagens para a aeronave. Os advogados dos três negam a participação dos clientes no esquema e afirmam que eles são inocentes. Os outros presos têm 22, 24 e 25 anos.

Dos seis presos, todos homens, cinco nasceram em Guarulhos e um na capital paulista. Uma mulher de 31 anos também é investigada. Segundo a PF, ela não foi presa, é de Guarulhos, trabalha em uma empresa aérea e é acusada de ter recebido no balcão da companhia as duas malas com os 40 quilos de cocaína e de ter colocado essas bagagens no sistema de esteira.

A PF diz que a funcionária da companhia ficou no balcão durante 28 minutos e não atendeu mais ninguém. Depois foi embora. Ela recebeu a droga de duas mulheres. Ambas foram filmadas por câmeras de segurança do aeroporto.

Essas duas mulheres, chamadas pela PF de “passageiras fakes”, ou falsas passageiras, chegaram ao aeroporto em um Renault Logan, branco, e desembarcaram no terminal 2. Uma terceira mulher, também não identificada, está na mira dos agentes federais. Ela conversou com a funcionária que recebeu as malas com cocaína no balcão da companhia aérea. Depois foi para a área externa do aeroporto e entrou em um Ford Escort cinza e foi embora. A exemplo das falsas passageiras, ela também foi filmada pelas câmeras de segurança.

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