A 41ª Mostra de Cinema de São Paulo recupera uma tradição e retorna para o centro de São Paulo, com a inclusão de uma das salas do cine Marabá. “Nosso objetivo é o de levar a Mostra para várias regiões de São Paulo”, comenta a diretora do evento, Renata de Almeida.
Inaugurado em maio de 1944, o Marabá tinha uma capacidade de 1.655 lugares. Após uma reforma promovida pela distribuidora Playarte, responsável pela gestão do local, o espaço foi dividido em cinco salas, em um projeto assinado por Ruy Ohtake e Samuel Kruchin.
Em edições passadas, o público pôde acompanhar filmes em salas como o Arouche e o Ipiranga, localizado à frente do Marabá e ainda em reforma.
A Mostra já espalhava por diversos recantos da cidade graças a um acordo com o circuito Spcine, que continua neste ano. Assim, além da Sala Olido, o festival se estende às salas distantes do centro expandido, como no Centro Cultural São Paulo, além de locais localizados na Cidade Tiradentes e em Perus, entre outros.
Outro espaço tradicional que persiste na programação da Mostra são as exibições gratuitas no vão livre do Masp. Trata-se de uma importante, ainda que pequena, ligação com o museu onde justamente a Mostra começou, em 1978.
No vão, entre 23 e 28 de outubro e sempre às 19h30, serão exibidos filmes do acervo da Cinemateca Brasileira, clássicos como Eles Não Usam Black-Tie, dirigido em 1981 por Leon Hirszman, Quando o Carnaval Chegar, de Cacá Diegues, e ainda três filmes estrelados por Paulo José, que vai receber o Prêmio Leon Cakoff: O Homem Nu, de Hugo Carvana, e os clássicos Macunaíma e O Padre e a Moça, ambos de Joaquim Pedro de Andrade.
Outra tradição mantida será a exibição ao ar livre no Parque do Ibirapuera – no dia 3 de novembro, será mostrada a comédia muda O Homem Mosca, com Harold Lloyd, acompanhada da Orquestra Jazz Sinfônica.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.