Estadão

Cine PE abre edição com Grande Sertão e tributo a Tânia Alves

Começou na noite de quinta, 6, o Cine PE, com a exibição de <i>Grande Sertão</i>, de Guel Arraes. O festival pernambucano foi criado em 1997 e está em sua 28ª edição.

A abertura foi grandiosa, com o Cinema do Teatro do Parque lotado para assistir à saga de Riobaldo (Caio Blat) e Diadorim (Luisa Arraes) na adaptação da obra-prima de João Guimarães Rosa, <i>Grande Sertão: Veredas</i>.

A governadora do Estado, Raquel Lyra, e o prefeito da cidade, João Campos, subiram ao palco para prestar tributo à homenageada do ano, a atriz Tânia Alves (de Paraíba, Mulher Macho, entre outros filmes). Tânia recebeu a estatueta (Calunga) das mãos do Maestro Spok.

Em presença do elenco e da equipe, <i>Grande Sertão</i> foi muito aplaudido pelo público. Em entrevista no festival, Guel Arraes respondeu à recorrente pergunta sobre influências. São várias, segundo ele, do cinema oriental a Baz Luhrmann. Mas destacou uma em particular: <i>Deus e o Diabo na Terra do Sol</i>, de Glauber Rocha, esse clássico do Cinema Novo. Guel Arraes vê em Glauber uma influência rosiana e, dessa forma, os filmes confluiriam, a uma distância de quase 60 anos – <i>Deus e o Diabo</i> foi produzido em 1964.

A mostra competitiva teve início na noite de sexta, 7, com a exibição do documentário <i>Geografia Afetiva</i>, de Mari Moraga, e a ficção <i>No Caminho Encontrei o Vento</i>, de Antonio Fargoni.

As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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