Sob o impacto da tragédia aérea com a equipe da Chapecoense, começou nesta terça-feira, 29, o 12º Cinefoot – Festival de Cinema de Futebol. A mostra competitiva reúne 16 filmes (oito longas e oito curtas), todos com temática ligada ao mundo do futebol. Há produções brasileiras e de outros países – Itália, Alemanha e Nepal nesta edição.
O criador e curador do evento, o torcedor do Fluminense Antonio Leal, descobriu o filão anos atrás, justo quando se afirmava o contrário, que o esporte mais popular do mundo não teria lá grande presença nas telas de cinema. Notou que o clichê não correspondia à realidade. Filma-se muito e com qualidade, no Brasil e no mundo, tendo por tema o amado jogo da bola. Por isso, o festival tem sido um sucesso. Material não lhe falta.
Os destaques desta edição são muitos. Entre eles, cabe sublinhar a presença do filme de abertura, Barba, Cabelo e Bigode, de Lúcio Branco. O documentário, de 120 minutos, aborda as trajetórias de Afonsinho, Paulo César Caju e Nei Conceição, três rebeldes que atuaram em campo nos tempos da ditadura militar brasileira e foram exemplos de comportamento liberal. Caju era presença confirmada na abertura do evento.
Deve-se destacar também 1976 – o Ano da Invasão Corintiana, de Ricardo Aidar e Alexandre Boechat, sobre a semifinal do Brasileirão de 1976, entre Fluminense e Corinthians, quando a Fiel tomou o Rio de Janeiro. No ano da conquista, vale ver Palmeiras – o Campeão do Século, de Mauro Beting e Kim Teixeira. As sessões são gratuitas e se realizam no Museu do Futebol, no Estádio do Pacaembu.
Destaques
Os Guerreiros, de Mehdi Benhadj-Djilali (Alemanha)
Miller e Fried, de Luiz Ferraz
Sunakali, de Bhojraj Bhat (Nepal)
Uma Maravilhosa Época Falida, de Mario Bucci (Itália)
Bola para Seu Danau, de Eduardo Souza Lima
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.