O pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, iniciou uma campanha nas redes sociais contra a investida do PT e aliados da chapa formada por Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin (PSB) para convencê-lo a desistir da candidatura ao Planalto. Apoiadores do pedetista levaram a hashtag #SeLulaDesistir aos assuntos mais comentados do Twitter nesta quinta-feira, 12.
A articulação de Ciro ocorre após Lula se envolver pessoalmente nas articulações para atrair o PDT para a aliança em torno de sua candidatura.
Pesquisas de intenção de voto indicam que, se Ciro sair do páreo, a maioria de seus eleitores deve migrar para Lula. No último levantamento da Genial/Quaest divulgado nesta semana, sem Ciro, o petista alcança 50% das intenções de voto.
Nesta quinta-feira, 11, Ciro publicou um vídeo nas redes sociais para reafirmar que manterá sua candidatura "até o fim" e defender que vencerá no segundo turno. "É simplesmente impossível eu retirar a minha candidatura", afirmou.
No vídeo, ele também defende que a permanência de sua candidatura é um risco menor para Lula que sua desistência. "Sem a minha candidatura a polarização odienta aumentaria e muito em um momento em que Lula estagnou ou cai e Bolsonaro se sustenta ou cresce"
Em outra publicação, o pedetista também acusou estar em curso uma operação de "puro terrorismo eleitoral" para justificar a tese da possível vitória de Lula em primeiro turno. "Nunca venceu, não venceria, nem vencerá", escreveu.
Também com a hashtag #NoMeuVotoNinguemMexe, lançada pela pré-campanha, os apoiadores do pré-candidato usaram a rede para pedir a desistência de Lula. Eles argumentam que Ciro poderia vencer no segundo turno se o petista não estivesse no páreo.
Uma das peças mais curtidas faz eco à ideia de "terrorismo eleitoral" iniciada por Ciro e rechaça o "voto útil" em Lula. Apoiadores também aproveitaram para compartilhar uma entrevista em que ex-senadora Heloísa Helena (Rede) diz apoiar o projeto do pedetista.