O ex-governador Ciro Gomes (PDT) acenou ao eleitorado feminino nesta quarta-feira, 20, durante a convenção do seu partido que aprovou seu nome como candidato à Presidência da República. O pedetista também disse que tem o apoio de seu partido, apesar de "pressões" e "constrangimentos". A convenção, em Brasília, foi a primeira entre os presidenciáveis.
Ao lado de sua esposa, Giselle Bezerra, Ciro disse que as mulheres "vão salvar" o País, numa tentativa de conquistar votos numa parcela da população que rejeita, em sua maioria, o presidente Jair Bolsonaro (PL). A deputada estadual Juliana Brizola (RS) disse, em seu discurso, que a campanha do PDT deve ter foco no eleitorado feminino.
Durante a convenção, a vice-presidente do PDT, Miguelina Vecchio, reclamou de colegas de partido que fazem "L" com a mão, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Eu fico indignada quando vejo um companheiro nosso fazer o L. Por que não fazem o C de Ciro Gomes? Eu fico indignada quando um deputado não vota pela orientação do partido. Quem não gosta do C, a porta da rua é a serventia da casa", afirmou.
Apesar da decisão de lançar Ciro à Presidência, diversos candidatos do PDT nos Estados tentam associar suas campanhas com a de Lula. Exemplos disso são o senador Weverton Rocha (MA), o ex-prefeito de Niterói (RJ) Rodrigo Neves, ambos pré-candidatos a governador, e o ex-prefeito de Natal (RN) Carlos Eduardo, pré-candidato ao Senado.
Na convenção, militantes carregavam bandeiras com referência a Leonel Brizola, fundador do PDT, e ao ex-presidente Getúlio Vargas, símbolo do trabalhismo.