Na série de atos para alavancar sua campanha e a de seus aliados, o candidato do PDT a Presidência da República, Ciro Gomes, se reuniu na manhã desta segunda-feira, 5, com apoiadores em uma padaria no Jabaquara, bairro da zona sul de São Paulo. No ato, Ciro reclamou da falta de política de abastecimento no País, e voltou a criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
"O problema no Brasil é que o Bolsonaro e o Lula são pessoas profundamente diferentes, mas praticam rigorosamente a mesma cartilha de rendição do Estado brasileiro à especulação financeira e ao baronato do dinheiro", disse ele a jornalistas.
Para reduzir o impacto da inflação sobre os alimentos, o candidato afirmou que sua proposta é que, na hora da safra, "em que o preço despenca para o produtor", se garanta um preço mínimo e um seguro para o mesmo, e se realize um estoque desses alimentos. "É na hora da seca, da crise dos abastecimentos provocada pela demanda exterior, como está acontecendo agora, você desova esse estoque a um preço mais compatível para proteger a população da carestia dos alimentos", afirmou.
O pedetista disse que pode atuar para uma diminuição do IPTU nos Estados através de uma compensação de dívidas.
Ciro cumpriu a agenda com seus correligionários, Aldo Rebelo, candidato ao Senado, Elvis Cezar, candidato ao governo de São Paulo. O candidato à Presidência tirou foto com apoiadores, repetiu propostas populares, como taxar grandes fortunas, e seguiu para a sede da rádio <i>Jovem Pan</i>, onde irá conceder entrevista nesta tarde.
Rebelo e Cezar permaneceram na região, onde passaram pelo comércio local para falar com populares.
<b>Juros bancários</b>
Ciro também afirmou que, para combater a política de juros bancários, ele irá enfrentar o "cartel" dos bancos. Segundo o candidato, ele colocará a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil para "competir com os bancos privados" barateando juros e tarifas.