Nada de reviravoltas. A vantagem construída nos jogos de ida prevaleceu e Manchester City e Inter de Milão confirmaram as últimas vagas às semifinais da Liga dos Campeões, nesta quarta-feira. O time inglês empatou com o Bayern de Munique, na Allianz Arena, por 1 a 1, após anotar 3 a 0 em casa, e agora desafia o multicampeão Real Madrid. A Inter de Milão também avançou, com 3 a 3 diante do Benfica – vinha de 2 a 0 em Portugal – e fará o clássico com o Milan.
Haaland, agora com 12 gols na atual edição, foi o nome na classificação inglesa. Após desperdiçar um pênalti na etapa inicial e falhar na primeira chance na cara de Sommer, ganhou no mano a mano com Upamecano e fez o gol do City. Kimmich ainda deixou tudo igual no fim.
Levando em consideração apenas os mata-matas da Liga dos Campeões – oitavas e quartas – o maior artilheiro da temporada (são impressionantes 48 gols anotados pelo camisa 9) agora soma oito bolas nas redes adversárias. O recorde é de 11.
Guardiola prometeu colocar o Manchester City para atacar também, ciente que apostar somente na defesa seria problemático, mesmo com vantagem gigantesca dos 3 a 0 do Etihad Stadium. E De Bruyne por pouco não ampliou a vantagem no começo. A finalização parou no goleiro Sommer.
No ímpeto de ir para frente, o City saiu jogando errado aos 16 minutos, Musiala serviu Sané, cara a cara, mas o toque para tirar de Alisson foi forte e a bola saiu, para lamentos da torcida e de Thomas Tuchel. Guardiola fez careta com o susto.
No minuto seguinte, Haaland escapou livre e acabou derrubado por Upamecano. O zagueiro levou cartão vermelho direto, mas acabou salvo pelo auxiliar, que flagrou impedimento do norueguês. Ambos voltariam a aparecer aos 34, após uma batida ao gol atingir no braço do zagueiro e um pênalti ser anotado. O artilheiro mandou pelo alto.
O lance podia encaminhar de vez a vaga do time inglês à semifinal após o Bayern ter criado outras chances e errar o alvo ou parar em Ederson, perfeito após cobrança de falta de Sané, por exemplo. Antes do intervalo, o brasileiro ainda espalmou a bomba de Coman antes, depois de levar amarelo por matar tempo.
Os minutos finais da fase foram de chutes de longe do Bayern, já na base do desespero, e com alguns jogadores com os nervos à flor da pele em campo querendo briga.
A etapa final, com o tempo correndo contra. O Bayern perdeu a organização e começou a apelar para finalizações de todo lado. Com um amontoado de gente na frente, acreditava que poderia, enfim, abrir o placar. Esqueceu-se, contudo, que havia um goleador em grande fase do outro lado.
Haaland parou em Ederson no começo, mas na segunda chance não falhou. Ganhou na força de Upamecano e calou o estádio. A cara fechada e desiludida do ex-goleiro Oliver Kahn refletia a decepção dos alemães, novamente eliminados com time forte e capaz de brigar pela taça.
Nem o gol de pênalti de Kimmich aos 37 minutos foi capaz de reanimar o Bayern. Valeu somente para não perder novamente, pois a desvantagem era enorme com quase nada de tempo pela frente.
CLÁSSICO EM MILÃO
Depois de muito tempo sem conseguir fazer um bom papel na Liga dos Campeões, as equipes de Milão fazem edição de superação e vão se enfrentar na outra semifinal da competição. Um dia após o Milan carimbar a vaga, nesta quarta foi a vez de a Inter se garantir entre os quatro melhores após 13 anos. Os comandados de Simone Inzaghi avançaram com 3 a 3 no Giuseppe Meazza após fazer 2 a 0 em Lisboa.
Barella anotou para os italianos e Aurners empatou ainda no primeiro tempo. Lautaro ainda teve um gol anulado antes do intervalo. Empurrou o zagueiro antes de cabecear. Mas acabou decisivo na etapa final mostrando-se decisivo na área. Corrêa, no primeiro lance em campo, definiu o resultado.
Com enorme desvantagem na série após levar 2 a 0 em casa, o Benfica se viu obrigado a sair ao ataque logo de cara. Sem tempo a perder, o time se posicionou no campo ofensivo. Acabou dando espaço e sofrendo com contragolpes.
Logo aos seis minutos, Lautaro Martínez escapou dos marcadores e tocou para Dimarco. O jogador estava livre, mas acabou não dominando. Com muito campo para atacar, a Inter não demorou para tirar o zero do marcador. E foi com uma pintura.
Novo ataque em velocidade, toques rápidos, até a bola cair nos pés de Barella. O meio-campista cortou dois marcadores em um único drible e mandou colocado, longe do alcance de Vlachodimos.
Abrir 3 gols de vantagem no agregado fez a Inter se acomodar em campo. E os portugueses aproveitaram um minuto de distração para empatar. Em condição legal, Rafa Silva recebeu na direita e cruzou na cabeça do norueguês Aurners. Onana já havia salvado antes, mas estava batido desta vez.
A segunda etapa deu largada com Lautaro novamente ficando no quase. O brasileiro David Neres entrou no time português e a pressão aumentou bastante por suas jogadas individuais. Porém, Onana se garantia entre as traves.
A Inter soube se postar na defesa e mostrou-se mortal na frente. Depois de alguns gols desperdiçados, Lautaro finalmente deixou sua marca, escorando cruzamento de Dimarco e garantindo enorme e linda festa em Milão. Restando 20 minutos, a torcida já celebrava a vaga com cantoria em alto e bom som. Com apenas um minuto em campo, Corrêa cortou o defensor e bateu colocado, ampliando o placar. Os gols de Silva e Musa, ambos no fim, não atrapalharam em nada a celebração italiana.