Estadão

Cálculo do IBGE sobre população brasileira não inclui impacto da covid-19

Em 1º de julho de 2021, a população brasileira foi estimada em 213,3 milhões de habitantes, mas o cálculo não leva em consideração a mortalidade provocada pela pandemia de covid-19, que já tirou a vida de mais de meio milhão de pessoas no País. Os dados são das Estimativas da População, divulgadas nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Os efeitos da pandemia da Covid-19 no efetivo populacional não foram incorporados nesta projeção, devido à ausência de novos dados de migração, além da necessidade de consolidação dos dados de mortalidade e fecundidade, fundamentais para se compreender a dinâmica demográfica como um todo. O Censo Demográfico 2022 trará não somente uma atualização dos contingentes populacionais, como também subsidiará as futuras projeções populacionais, fundamentais para compreender as implicações da pandemia sobre a população em curto, médio e longo prazo", explicou o IBGE, em nota.

As estimativas populacionais referentes a 1º de julho são divulgadas anualmente pelo IBGE em cumprimento à legislação vigente. As informações são usadas pelo Tribunal de Contas da União no cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios, além de servirem como referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos.

O município de São Paulo manteve-se como o mais populoso do País, com 12,396 milhões de habitantes no último dia 1º de julho. No ranking de municípios mais populosos, o segundo lugar é ocupado pelo Rio de Janeiro, com 6,776 milhões de habitantes, seguido por Brasília (3,094 milhões), Salvador (2,900 milhões) e Fortaleza (2,703 milhões).

Os 17 municípios brasileiros com mais habitantes – mais de um milhão de pessoas – concentram 46,7 milhões de moradores, o equivalente a 21,9% da população brasileira. Mais da metade da população brasileira, 57,7% ou 123,0 milhões de habitantes, está concentrada em apenas 5,8% dos municípios brasileiros, os 326 municípios do País com mais de 100 mil habitantes.

A região metropolitana de São Paulo continua sendo a mais populosa do País, com 22,04 milhões de habitantes, seguida pelas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (13,19 milhões) e Belo Horizonte (6,04 milhões), além da Região Integrada de Desenvolvimento (RIDE) do Distrito Federal e Entorno (4,75 milhões).

O Estado mais populoso é São Paulo, com 46,6 milhões de habitantes, o equivalente a 21,9% de toda a população do País, seguido de Minas Gerais (21,4 milhões de habitantes) e Rio de Janeiro (17,5 milhões de habitantes).

Os cinco Estados menos populosos somam cerca de 5,8 milhões de pessoas, todos na região Norte: Roraima, Amapá, Acre, Tocantins e Rondônia. Entre os 5.570 municípios brasileiros, Serra da Saudade (MG) era o que tinha a menor população em 1º de julho, 771 habitantes. O município de Borá (SP) contabilizou 839 habitantes, e Araguainha (MT) totalizou apenas 909 habitantes.

Até a manhã desta sexta-feira, 27 de agosto, a população brasileira já subiu a 213,519 milhões de habitantes, calcula o portal de Projeções e Estimativas da População mantido pelo IBGE.

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