A Premier League, empresa que organiza o Campeonato Inglês, anunciou nesta quarta-feira que irá multar conjuntamente os seis clubes da Inglaterra – Chelsea, Arsenal, Liverpool, Tottenham, Manchester United e Manchester City – que participaram do projeto da Superliga Europeia em 22 milhões de libras (R$ 157 milhões, na cotação atual). Neste primeiro momento, nenhum time sofrerá punição em pontos após o acordo assinado entre os envolvidos.
No entanto, uma tentativa futura de entrar em uma nova liga deve gerar a sanção de 30 pontos do clube no Campeonato Inglês, além de uma nova multa no valor de 25 milhões de libras (R$ 178,5 milhões). A decisão não agradou os outros 14 times da primeira divisão inglesa que pediam a redução de pontos destas equipes imediatamente.
Um dos grandes pontos de discussão foi sobre para onde iria o dinheiro da multa. O "Big Six" não queria destinar a grana para os rivais. Com isso, os milhões arrecadados serão revertidos em ações com iniciativas nas categorias de base, torcedores e comunidades.
Os clubes ingleses – assim como Milan, Internazionale e Atlético de Madrid – entraram em acordo com a Uefa. Enquanto isso, Real Madrid, Barcelona e Juventus não abandonaram a ideia da Superliga Europeia e sofrem ameaças da entidade que regula o futebol no continente.
A competição deveria ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 deles – e outros cinco, qualificados anualmente. Entretanto, a Uefa avisou que iria excluir todos os times que integrassem a Superliga Europeia, assegurando contar com o apoio das federações nacionais de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.
Algumas horas depois, após sofrerem grande contestação dos torcedores e críticas do primeiro-ministro Boris Johnson, os seis clubes ingleses anunciaram a saída do projeto, que acabou por fracassar.