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Clubes se reúnem na CBF e querem mudanças na arbitragem ainda neste Brasileirão

Se depender dos clubes, o comando da arbitragem brasileira passará por mudanças ainda neste Campeonato Brasileiro. Nesta quinta-feira, a Comissão Nacional de Clubes se reuniu na sede da CBF e, entre outros assuntos, debateu erros de arbitragem. Foi consenso que é preciso mudar dentro de campo e fora dele – e, para isso, os clubes querem que o presidente da Comissão de Arbitragem, Sergio Corrêa, perca poder.

A ideia é que a escala de árbitros nas partidas do Brasileirão passe definitivamente por uma comissão, na acepção mais ampla da palavra. “É muita responsabilidade para ficar com uma pessoa só”, afirmou Daniel Nepomuceno, presidente do Atlético Mineiro e do conselho de clubes.

O dirigente atleticano está rompido com Sérgio Corrêa e na semana passada pediu publicamente a queda do presidente da Comissão de Arbitragem da CBF. Nesta quinta-feira, porém, Nepomuceno apresentou um discurso mais ameno. “Eu acho que (a divisão de poder na comissão) ficou de bom tamanho”.

A escolha do quarteto de arbitragem nas partidas continuaria sendo feita nos mesmos moldes atuais – com uma pré-escala e sorteio -, mas com uma equipe maior definindo os nomes. Não ficou definido, porém, se os clubes teriam representantes ou se seriam outros profissionais escolhidos pela CBF. “Isso quem decide é o presidente Marco Polo Del Nero”, comentou Nepomuceno.

Durante o encontro, o dirigente fez uma apresentação em que exibiu erros de arbitragem. “A tensão já está criada. A preocupação dos presidentes de clubes é com a desqualificação do campeonato. Eu até expus que nas minhas últimas partidas, após os erros, eu perdi metade do público dentro do Independência”.

Os clubes querem que a mudança na comissão ocorra ainda este ano e nesta quinta-feira mesmo levaram a proposta ao secretário-geral da CBF, Walter Feldman. Para a próxima temporada, a intenção é que as alterações sejam mais profundas.

Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo, não faz parte da comissão de clubes, mas acompanhou a reunião e apresentou suas propostas. “Sugerimos a criação de um ranking de árbitros e a contratação de uma empresa de credibilidade para atestar a lisura da arbitragem. Seria preciso dar notas aos árbitros não apenas nos lances capitais, mas sim que fossem avaliados do 1.º ao 90.º minuto”.

A proposta de Bandeira de Mello é inviável de ser executada já neste Brasileirão e o próprio dirigente reconheceu que “não se trata de uma medida barata ou trivial”. Segundo o dirigente, “para este campeonato é preciso aprofundar as avaliações e os critérios para escalação de árbitros deveriam mais rigorosos”, considerou.

Fazem parte da Comissão Nacional de Clubes: Daniel Nepomuceno (Atlético Mineiro), Roberto de Andrade (Corinthians), Romildo Bolzan Junior (Grêmio), Peter Siemsen (Fluminense), Mario Celso Petraglia (Atlético Paranaense), Mauricio Sampaio (Atlético Goianiense), Rogério Marinho (ABC), Bruno Euclides (ASA) e Mario Jorge Taveira Cortez (Nacional-AM).

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