A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e entidades da indústria alemã entregaram nesta segunda-feira, 30, ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, uma declaração conjunta com cinco prioridades do setor. Entre as medidas, as instituições pedem que os líderes atuem para concluir o acordo entre União Europeia e Mercosul.
Representantes da CNI, da Federação das Indústrias Alemãs (BDI, na sigla em alemão) e da Comissão da Indústria Alemã para América Latina (LADW, em alemão) estiveram reunidos com Lula e Scholz na tarde desta segunda, em Brasília.
O chanceler chegou por volta das 16 horas ao Palácio do Planalto, onde foi recebido pelo presidente da República.
"Acreditamos firmemente que, uma vez em vigor, o acordo será fundamental para aumentar ainda mais o comércio bilateral, facilitando as trocas de bens e serviços de maior valor agregado, bem como favorecendo investimentos de ponta entre os dois lados do Atlântico", diz um trecho da declaração. "CNI, BDI e LADW demandam uma rápida conclusão das negociações, desencorajando a reabertura das discussões sobre os capítulos comerciais."
As entidades também pediram que Lula avance no processo de acessão do País à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo a entidade, a conclusão desse trâmite impactaria positivamente a relação comercial entre os países.
A declaração ainda lista como prioridade a modernização do plano de ação da parceria estratégica entre Alemanha e Brasil, em vigor desde 2008, para abranger tópicos como descarbonização e segurança cibernética. CNI, BDI e LADW ainda afirmaram a necessidade de que os governos lancem negociações para construir um novo acordo bilateral com vista a evitar a dupla tributação, e promovam iniciativas bilaterais de digitalização e da Indústria 4.0.