A desestatização da Sabesp, concluída nesta terça-feira, 25, em São Paulo, abre um novo ciclo de leilões e confirma a atratividade do setor para a iniciativa privada, na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade avalia o processo de desestatização como um passo importante para a universalização do saneamento básico, melhoria da saúde e da qualidade de vida da população e, consequentemente, para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
"Os investimentos em saneamento têm potencial de alavancar a economia local, por meio da criação de empregos e renda para a população, e de contribuir para a qualidade de vida dos cidadãos. Além disso, têm efeito multiplicador em uma longa cadeia produtiva", afirma Ricardo Alban, presidente da CNI, por meio de nota divulgada há pouco.
A CNI alerta, no entanto, que, apesar dos 45 leilões de concessões de água e esgoto já realizados no País, desde a aprovação do novo Marco Legal do Saneamento, o cenário atual ainda é precário. A avaliação da entidade é de que é necessário ao País mais do que dobrar os investimentos anuais para atender aos 32 milhões de brasileiros que vivem sem acesso à água potável e aos mais de 90 milhões sem coleta de esgoto.