O ministro da Economia Paulo Guedes, criticou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira. Depois de o gerente de Políticas de Integração Internacional da entidade, Fabrízio Panzini, apresentar dados contrários à proposta do governo brasileiro de reduzir as tarifas de importação do Mercosul, Guedes disse que os estudos da entidade são "financiados com encargos trabalhistas".
"A CNI vive de encargos trabalhistas e ainda acredita que está defendendo a indústria brasileira. Já pedi para reduzir encargos trabalhistas, mas a CNI é contra porque é com encargo trabalhista que CNI financia seus estudos", disse Guedes, durante audiência pública da Comissão de Relações Exteriores do Senado, que debate o tema "Mercosul: tarifa externa comum e potencial de ampliação do bloco". "Nunca vi uma indústria tão protegida e que foi quase destruída. Que proteção é essa?", questionou.
Na audiência, Guedes voltou a defender mudanças nas regras do Mercosul e a dizer que o Brasil ficou "aprisionado" ao bloco. "Somos a favor do Mercosul, mas queremos modernizá-lo", completou.