O Tesouro Nacional encerrou o mês de agosto com R$ 1,227 trilhão no chamado "colchão da dívida", a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O valor observado é 5,80% maior em termos nominais que o R$ 1,160 trilhão que estava na reserva em julho. O montante ainda é 57,80% superior ao observado em agosto de 2020 (R$ 777,73 bilhões).
Segundo o Tesouro, a posição atual do caixa é suficiente para fazer frente a 10,5 meses de vencimentos da dívida. Nos próximos 12 meses, os valores a serem pagos estão estimados em R$ 1,364 trilhão.
A divulgação do valor exato do "colchão da dívida" foi adotada no início deste ano e é uma iniciativa do Tesouro para elevar a transparência sobre esse dado, que serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa.
No início da pandemia da covid-19, o elevado colchão de liquidez foi essencial para que o Tesouro pudesse se abster de emitir grandes volumes de títulos num momento de forte volatilidade do mercado, o que poderia resultar em custo elevado de financiamento.
No ano passado, o Tesouro encerrou com um colchão da dívida acima do observado em 2019, após aproveitar uma janela favorável para emissões no fim do ano.
O objetivo agora é manter, ao longo de 2021, o colchão de liquidez acima de seu nível prudencial.