O Tesouro Nacional encerrou o mês de maio com R$ 1,036 trilhão no chamado "colchão da dívida", a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O valor observado é 6,93% maior em termos nominais que os R$ 969,27 bilhões que estavam na reserva em abril. O montante ainda é 59,42% maior que o observado em maio de 2020 (R$ 650,16 bilhões).
"O nível atual é suficiente para 9,6 meses à frente de vencimentos. Cabe destacar que nos próximos 12 meses haverá vencimentos estimados em R$ 1,170 trilhão", informou o Tesouro.
A divulgação do valor exato do "colchão da dívida" foi adotada no início deste ano e é uma iniciativa do Tesouro para elevar a transparência sobre esse dado, que serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa.
No início da pandemia da covid-19, o elevado colchão de liquidez foi essencial para que o Tesouro pudesse se abster de emitir grandes volumes de títulos num momento de forte volatilidade do mercado, o que poderia resultar em custo elevado de financiamento.
No ano passado, o Tesouro encerrou com um colchão da dívida até acima do observado em 2019, após aproveitar uma janela favorável para emissões no fim do ano.
O objetivo agora é manter, ao longo de 2021, o colchão de liquidez acima de seu nível prudencial. O Tesouro Nacional ressalta ainda que não define metas para o tamanho mínimo da reserva de liquidez.