Os coletores de lixo da empresa Quitaúna, responsável pela coleta de resíduos orgânicos e inorgânicos de Guarulhos, resolveram suspender suas atividades, por tempo indeterminado, em função do atraso no pagamento do salário deste mês. De acordo com informações apuradas pelo GuarulhosWeb, os pagamentos deveriam ser quitados no último sábado, 10.
Segundo uma fonte, que optou por não se identificar, a paralisação dos serviços deve afetar quatro pontos da cidade onde são realizadas feiras-livres nesta terça-feira, além de outras 36 regiões durante o período diurno. Entretanto, a prestação de serviço não se restringe apenas as tarefas planejadas durante as primeiras horas do dia, mas também no período noturno, onde 25 pontos de coletas deixarão de receber o serviço.
Em agosto do ano passado, funcionários da empresa também entraram em greve pelo mesmo motivo. Contudo, naquela ocasião, mesmo sem o repasse da Prefeitura pelos serviços prestados, a diretoria da Quitaúna assumiu a responsabilidade de quitar os pagamentos, e assim o fez. Mas, desta vez, segundo informações dos colaboradores, a empresa não estaria disposta a arcar com os valores sem receber os repasses da administração municipal.
O GuarulhosWeb obteve a informação que o custo da empresa responsável pela coletiva de lixo no município com a folha de pagamento é de aproximadamente R$ 6 milhões por mês. A paralisação dos profissionais se deu início nesta segunda-feira, 12, à 14h. Com isso, cerca de 500 coletores, motoristas dos veículos utilizados na prestação de serviços e outros da manutenção pararam.
“O nosso pagamento é realizado no dia 10 e não caiu. A Prefeitura não fez o repasse e eles (Quitaúna) não querem assumir a responsabilidade desta vez. O ano passado eles pagaram e dessa vez alegam como problema a transição entre governos, além deles estarem querendo parar o serviço por que supostamente a empresa não queira mais investir. Mas na hora que o dinheiro cair na conta voltamos a trabalhar”, disse essa fonte ao GuarulhosWeb.