Internacional

Colômbia reforça neste domingo segurança em ponte que liga país à Venezuela

Cúcuta, 24 (AE) – Várias dezenas de militares e policiais da Colômbia se posicionaram neste domingo nos arredores da ponte internacional Simón Bolívar, do lado colombiano, após violentos incidentes ocorridos no sábado em meio ao plano de entrega de ajuda humanitária para a Venezuela que deixaram quase 300 feridos.

A tomada da ponte ocorre horas após a Colômbia estender por dois dias o fechamento de passagens fronteiriças entre a Venezuela e o departamento (Estado) colombiano de Norte de Santander para reparar danos em instalações governamentais ocorridos na véspera.

Diretor-geral de Migração da Colômbia, Christian Krüger afirmou que o fechamento, iniciado no sábado para atender o plano de ajuda humanitária da Venezuela, se manterá até a meia-noite da segunda-feira.

Do lado venezuelano da ponte Simón Bolívar foram atravessados no domingo um pequeno caminhão-tanque e um contêiner para bloquear a passagem.

Apesar do fechamento dos postos fronteiriços entre a cidade colombiana de Cúcuta e a localidade venezuelana de San Antonio del Táchira, desde o início do dia era possível observar dezenas de pessoas que utilizavam trilhas próximas à ponte internacional para passar da Venezuela à Colômbia.

Entre as pessoas que passaram pela trilha estava uma militar venezuelana, vestida de verde-oliva, que desertou junto com sua filha e foi recebida por autoridades colombianas.

Ao menos 60 membros das forças de segurança, entre militares e policiais, desertaram no sábado das forças da Venezuela e declararam apoio ao presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, que se declarou presidente interino da Venezuela em desafio ao regime de Nicolás Maduro.

As tensões entre Venezuela e Colômbia tiveram uma escalada no sábado, após Maduro anunciar a ruptura das relações políticas e diplomáticas com Bogotá e dar prazo de 24 horas para que os diplomatas colombianos deixem o país.

Guaidó disse em Cúcuta que se reunirá nesta segunda-feira com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, no mesmo dia em que haverá reunião emergencial do Grupo de Lima, que reúne 13 países latino-americanos e o Canadá. Fonte: Associated Press.

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