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Com 4.700 policiais, final da Liga dos Campeões terá segurança recorde em Madri

Com um efetivo policial de mais de 4.700 policiais e até drones para monitorar as atividades dos torcedores, a Espanha vai disponibilizar um esquema de segurança sem precedentes para a final da Liga dos Campeões, no estádio Wanda Metropolitano, em Madri, onde Liverpool e Tottenham se enfrentarão em busca do título continental a partir das 16 horas (de Brasília) deste sábado.

Ao revelar o grande plano que será implementado para o confronto, as autoridades espanholas disseram nesta terça-feira que a operação policial preparada para a decisão, considerada de “alto risco”, será a maior já montada para um evento esportivo na história da capital espanhola.

A medidas que serão tomadas para o decisivo confronto continental superarão as que foram colocadas em prática para a final entre River Plate e Boca Juniors, que se enfrentaram em dezembro passado no estádio Santiago Bernabéu, em Madri, onde foi definido o campeão da edição passada da Copa Libertadores.

“Nós faremos mais do que fizemos durante a final da Libertadores”, afirmou o diretor-geral da Polícia Nacional, Francisco Pardo, destacando também que o grande esquema planejado para conter conflitos entre torcedores dos rivais ingleses será executado já nos dias que antecederão o confronto de sábado. “Garantiremos aos cidadãos uma operação de segurança muito poderosa durante estes dias em que nós teremos muitos torcedores na cidade de Madri”, completou.

As medidas que serão implementadas para a final da Liga dos Campeões foram discutidas nesta terça-feira em um encontro de quase duas horas na capital espanhola, onde estiveram presentes vários dirigentes de diferentes setores de segurança e representantes da Uefa.

Com mais de 4.700 policiais envolvidos nesta operação, esta final da Liga dos Campeões ainda será a primeira na qual drones serão utilizados para monitorar os torcedores. Veículos pesados das autoridades de segurança também serão posicionados do lado de fora do estádio Wanda Metropolitano no dia da decisão, sendo que os fãs serão revistados de forma criteriosa para poderem ultrapassar as áreas que dão acesso ao palco da decisão.

As autoridades policiais disseram que a Espanha está mantendo o alerta de nível 4 contra possíveis atos terroristas, o que é um indicativo de alto risco. E este estágio de alerta é mantido no país desde 2015.

INVASÃO INGLESA – Mais de 30 mil torcedores ingleses são esperados na capital espanhola, onde desembarcarão para acompanhar uma final no novo estádio do Atlético de Madrid, cuja capacidade é para abrigar 68 mil pessoas.

Liverpool e Tottenham receberam, cada um, cerca de 17 mil ingressos alocados pela Uefa para os seus respectivos torcedores, mas autoridades espanholas esperam muitos milhares a mais viajando até Madri sem entradas ou hospedagem reservada com antecedência, aumentando a possibilidade de problemas no entorno da cidade.

As autoridades revelaram também que medidas extras de segurança serão adotadas para manter os grupos de torcedores rivais separados desde a hora em que chegarem aos aeroportos ou estações de trem da capital espanhola até que eles possam ser liberados para transitar na cidade.

“Este evento neste fim de semana atrairá milhares de pessoas para Madri, mas tenho certeza de que, com o planejamento da Polícia Nacional e dos aeroportos e do Comitê Organizador Local, todos os visitantes que virão a Madri terão um tempo maravilhoso”, afirmou Ken Scott, conselheiro de segurança e proteção da Uefa, nesta terça-feira.

A capital espanhola abrigou pela última vez a decisão da Liga dos Campeões em 2010, quando a Inter de Milão superou o Bayern de Munique para conquistar o título no estádio Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid. No mesmo local, o River Plate superou o arquirrival Boca Juniors para faturar a Libertadores do ano passado em um incomum confronto na Espanha na partida da volta da decisão sul-americana.

Naquela ocasião, a Conmebol escolheu o Santiago Bernabéu como palco da finalíssima após os episódios de violência de torcedores do River que atacaram o ônibus do Boca durante o percurso até o estádio Monumental de Núñez, onde o duelo que definiria o campeão continental acabou sendo adiado por razões de segurança antes de ser remarcado para ocorrer na capital espanhola.

“A final da Copa Libertadores foi um grande desafio e nós tivemos um grande sucesso, mostrando ao mundo a imagem de um país que é seguro e experimentado na organização destes tipos de eventos”, destacou Francisco Pardo nesta terça.

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