Depois de quase cinco meses abertas, as praias de Salvador voltarão a ser proibidas, na próxima quarta-feira, 24. O prefeito Bruno Reis (DEM) também anunciou, nesta segunda, 22, o fechamento de clubes sociais, campos e quadras da capital baiana, para tentar conter o colapso do sistema de saúde. Hoje, 82% das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) da cidade estão lotadas de pacientes com covid-19. Em dois hospitais públicos, a ocupação chega a 100%.
O novo decreto, anunciado em entrevista coletiva e ainda não publicado no Diário Oficial, valerá inicialmente por sete dias, mas é prorrogável. Nos locais fechados, a iluminação será desligada. Nem atividades esportivas no mar, como o surfe, serão permitidas. Os principais acessos às praias serão fechados por tapumes e a Guarda Municipal fará a fiscalização. Em Lauro de Freitas e Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, as praias já estão bloqueadas.
As praias de Salvador foram interditadas, pela primeira vez, no dia 21 de março de 2020. A reabertura aconteceu exatos seis meses depois. No último final de semana, as cenas de aglomeração na orla, combinadas ao crescimento das notificações de coronavírus no estado, com 80% das UTIs lotadas, assustaram as autoridades, segundo Bruno Reis. A prefeitura descarta medidas mais restritivas.
"Esperamos que essas medidas que adotamos surtam efeitos. Vamos abrir mais leitos nesta semana, para descolar do colapso. Mas se os números estiverem crescendo na proporção que estão, não restará outro caminho que não a gente avançar para desativar as demais fases", afirmou. Com o anúncio dos novos fechamentos, Salvador desativa a fase três do plano de retomada das atividades. No dia 8 de fevereiro, o prefeito tinha anunciado a reabertura de cinemas e teatros. O funcionamento só durou 11 dias.