A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça, 1, a Operação Pneu de Ferro para desarticular suposta organização criminosa responsável pelo tráfico internacional e interestadual de armas de fogo, munições e acessórios, associação para o tráfico de drogas, lavagem de capitais e evasão de divisas. Até a publicação desta matéria, quatro alvos haviam sido presos em São Paulo.
Agentes fazem buscas em sete endereços de investigados e cumprem cinco mandados de prisão temporária nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. As ordens foram expedidas pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio.
De acordo com a PF, a investigação teve início em 2019, com a apreensão de 21 carregadores de fuzis AK 47, calibre 7.62, e um de pistola, escondidos dentro de um pneu no Aeroporto do Galeão. A ofensiva deflagrada nesta manhã foi batizada como "Pneu de Ferro" em razão de tal diligência.
Os policiais identificaram que os materiais apreendidos eram enviados pela organização criminosa sob suspeita, via postal, das cidades de Kissimmee, Orlando e Tucson, nos Estados Unidos e "tinham como destino abastecer facções criminosas de atuação nacional".
A PF contou com o apoio da Receita Federal e com a Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos (<i>ICE Homeland Security Investigations</i>), através de seus adidos na Embaixada dos EUA, em Brasília, e nas cidades de Tucson e Miami.
A partir de informações repassadas pela PF às autoridades dos EUA, deu-se início uma investigação também naquele país, o que resultou em diversas apreensões ilícitas e na deflagração, nos EUA, da Operação Iron Tire, também nesta terça-feira.