Cidades

Com baixa adesão, Stap põe fim à greve dos professores em Guarulhos

A greve de professores municipais de Guarulhos, que chegou ao 12º dia nesta sexta-feira com baixíssima adesão da categoria, terminou nesta tarde após o Stap (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública) concordar,  durante assembleia em frente ao Paço, que a Prefeitura – ao dar abono retroativo a janeiro – pagou piso nacional do magistério a todos os profissionais de Guarulhos, assim como a administração deixou claro desde antes do início do movimento. E que todos serão contemplados assim que houver o reajuste aos servidores neste mês.

Mesmo assim, as pouco mais de 200 pessoas que participaram do ato comemoraram o fato da Prefeitura não descontar os dias parados caso eles reponham as aulas, em um calendário que será definido pela Secretaria Municipal de Educação. Ou seja, apesar da greve ter durado 12 dias, o movimento não conquistou nada, já que a única reivindicação estava atendida

Pedro Zanotti, presidente do Stap, disse que conversou com a gestão e que ouviu que o reajuste salarial dos servidores, cujo dissídio é neste mês, será maior que o necessário para que todos professores cheguem ao piso nacional. Dos aproximadamente 6 mil professores, cerca de 130 ganhavam valores menores, mas tiveram o pagamento do piso garantido por meio de abono salarial retroativo a janeiro, que já foi pago no final de abril.  “Não tem como ter decisão com 60 pessoas em assembleia”, disse. Ele lamentou a baixa adesão dos professores e que o movimento serve de aprendizado a todos.

A Prefeitura, baseada em liminar obtida no Tribunal de Justiça, exigia que 100% dos professores se mantivessem em sala de aula. Por isso, anunciou que os dias parados seriam descontados. Na negociação, a administração admite não descontar os dias parados desde que os professores reponham as aulas perdidas, para que os alunos que foram afetados não sejam prejudicados. Caso isso não ocorra, os dias serão descontados.

Decisão da Justiça desta quinta-feira aumentou a multa ao Sindicato que era de R$ 10 mil por dia parado para R$ 200 mil caso não mantivesse 100% dos professores em salas de aula, já que a greve foi considerada abusiva desde o primeiro dia. 

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