Com queda na arrecadação e caixas vazios, prefeituras do interior de São Paulo suspenderam os investimentos no carnaval de rua e nas escolas de samba neste ano. Em algumas cidades, os blocos vão sair sem apoio oficial. Em outras, o desfile foi mantido, mas a verba será reduzida.
A prefeitura de Campinas, cidade com mais de 1 milhão de habitantes, não vai patrocinar escolas de samba nem blocos de rua. A administração espera economizar R$ 1 milhão com a medida. Mesmo assim, blocos tradicionais como “Unidos do Candinho”, “City Banda” e “Berra Vaca” vão para as ruas a partir de 25 de fevereiro. A venda de abadás e o patrocínio de empresas vai garantir a festa.
Em São José dos Campos, o prefeito Felício Ramuth (PSDB) decidiu pelo cancelamento dos desfiles, a exemplo do que foi feito na gestão anterior. Segundo ele, a administração tem outras prioridades e precisa reduzir gastos. A prefeitura de Ribeirão Preto também não apoiará as festividades. A Secretaria Municipal de Cultura informou que não dispõe de recursos para isso, mas as “iniciativas do setor privado serão bem-vindas”.
O financiamento das escolas de samba de Sorocaba não foi previsto no orçamento municipal para este ano. Com isso, o desfile não acontecerá na cidade de 655 mil habitantes. Conforme a Secretaria de Cultura, será garantido auxílio na organização e apoio aos blocos que sairão às ruas, “sem gerar gastos para o município”.
Em Santos, com 435 mil habitantes, no litoral, a prefeitura manteve o carnaval de rua, mas reduziu o cachê para as escolas. As oito agremiações do Grupo Especial vão receber R$ 90 mil e as quatro do Grupo de Acesso, R$ 45 mil cada. O valor é 50% menor que no último carnaval. Já as demais escolas não terão apoio financeiro. Por causa da crise econômica, o investimento na estrutura física também terá corte de 50%. Os desfiles foram antecipados para os dias 17, 18 e 19 de fevereiro. Um corte de R$ 65 milhões no orçamento de Piracicaba, em razão da crise, inviabilizou o carnaval.
Menores
Cidades de menor porte, onde o carnaval é festa tradicional, também cancelaram os desfiles. A prefeitura de Mogi das Cruzes alegou a necessidade de economizar R$ 1,2 milhão. Em Rio Claro, o prefeito Juninho da Padaria (DEM) também decidiu não repassar a verba para a festa alegando que a cidade tem outras prioridades. São Carlos, Itirapina e Tupã também suspenderam os repasses por causa da crise econômica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.