Os relógios com a contagem regressiva para os Jogos Olímpicos de Tóquio voltaram a funcionar depois de serem reajustados com as novas datas. O modelo instalado fora da Estação de Tóquio e outros na capital japonesa mudaram quase imediatamente após a confirmação das novas datas, de 23 de julho a 8 de agosto de 2021.
Os relógios mostravam 479 dias nesta terça-feira. Parece ser uma data muito distante, mas pequena e insignificante quando comparada às consequências do coronavírus no planeta.
Foi a primeira edição da Olimpíada a ser adiada desde o início da era moderna dos Jogos, há 124 anos. E isso afetou e afetará os 11 mil atletas olímpicos e 4.400 paralímpicos, bem como patrocinadores e tevês, além dE fãs que compraram ingressos, dos organizadores e contribuintes do Japão. "Acho que esses Jogos Olímpicos terão um enorme significado histórico", afirmou Yoshiro Mori, presidente do Comitê Organizador Local após o anúncio das novas datas.
Mori, de 82 anos e ex-primeiro ministro do Japão, também lembrou que não há garantias de que a pandemia de coronavírus estará sob controle em 2021. "Eu realmente acredito que alguém vai ouvir nossas orações", disse.
As novas datas são idênticas às estabelecidas para 2020, incluindo a Paralimpíada, que ocorrerá entre 24 de agosto e 5 de setembro. Os organizadores esperam que os planos antigos possam se adaptar às mudanças, mantendo a mesmas sedes, as instalações da Vila Olímpica, mobilizando os mesmos voluntários e permitindo que as pessoas que compraram ingressos os mantenham.
Muto disse que os organizadores não receberam notificações das arenas ou de seus proprietários avisando-os de que não poderão receber a competição em suas instalações no próximo ano. "Existem várias sedes que ainda não podem tomar uma decisão. Terá de ser negociado com eles. Se tivermos que mudar de sede, também haverá ajustes no cronograma da competição", afirmou.