O presidente da Vale, Murilo Ferreira, destacou em teleconferência com analistas a conclusão das transações de venda de quatro Valemax da companhia e de uma participação minoritária na MBR por R$ 4 bilhões, anunciadas na manhã desta quinta-feira, 30. Segundo o executivo as duas operações mostram o compromisso da mineradora com a prudência no endividamento e observação atenta do fluxo de caixa.
A venda da MBR faz parte do esforço de venda de participações acionárias em alguns ativos para reforçar o caixa da Vale, anunciada no fim do ano durante o Vale Day. Murilo Ferreira destacou que a transação na MBR não traz pressão para o caixa da Vale porque o investidor – um fundo de investimento do Bradesco BBI – não poderá pelo contrato exigir da Vale a recompra da fatia de 36,4% do capital social adquirida. “Não há obrigação de recompra da PN pela Vale, mas há um direito”, frisou.
A transação com a MBR envolveu cinco entidades na fase final e foi considerada muito competitiva pela Vale. A companhia não descarta outras operações nos mesmos moldes.
Ao abrir a teleconferência com analistas na divulgação do balanço da empresa no segundo trimestre, Ferreira comemorou a redução de custos obtida pela Vale no período. “Uma redução tão grande de custos é motivo de muita alegria”, disse, reforçando que a Vale segue confiante no esforço em relação a custos, maior eficiência e melhores volumes de produção. O desenvolvimento de projetos como Itabiritos e N4WS é considerado crucial nesse sentido.
De acordo com o executivo, a Vale espera um crescimento da produção de cobre em Salobo no segundo semestre. A empresa também deverá seguir desenvolvendo seus projetos de carvão, com melhoria de rentabilidade do negócios.