Os Estados Unidos deram um show na noite deste domingo, em Vancouver, no Canadá. Com nada menos do que quatro gols marcados em apenas 16 minutos, sendo um deles uma pintura após chute do meio do campo, a seleção norte-americana atropelou e depois liquidou o Japão por 5 a 2 para faturar o título do Mundial Feminino de Futebol, aos olhos de 53.341 torcedores no BC Place Stadium.
A conquista teve um sabor especial para os EUA também pelo fato de que, há quatro anos, o país foi derrotado justamente pelas japonesas na decisão do Mundial passado, na Alemanha, onde caíram nos pênaltis após empate por 2 a 2.
Ao levantar a taça neste domingo, as norte-americanas também se isolaram como maiores campeãs da história da competição. Vencedora anteriormente das edições de 1991 e 1999 do torneio, a nação que tem o “soccer” como esporte muito popular entre as mulheres ultrapassou a Alemanha, que levantou o troféu em 2003 e 2007 e estava empatada com os Estados Unidos como maior campeã.
Carli Lloyd, com três gols, foi o grande destaque da vitória norte-americana neste domingo, quando Lauren Holiday e Tobin Heath também balançaram as redes. Yuki Ogimi e Julie Johnston (contra) marcaram pelas japonesas, que pela segunda vez disputaram uma decisão, provando que a passagem à final em 2011 também não foi por acaso.
Neste domingo, porém, os Estados Unidos não deram qualquer chance para as japonesas sonharem com o título. Em apenas cinco minutos, abriram 2 a 0 com dois gols de Carli Lloyd, aos 3 e aos 5, em lances originados de dois cruzamentos, um em um escanteio e depois outro em cobrança de falta. Estes dois gols foram, por sinal, os dois mais rápidos da história das finais dos Mundiais já disputados até hoje no futebol feminino.
Os dois gols atordoaram as japonesas, que sofreriam o terceiro gol aos 14 minutos. Após novo cruzamento, Iwashimizu afastou mal e a bola sobrou para Holiday finalizar de primeira e abrir 3 a 0.
Mas a grande pintura do confronto estava reservada para apenas dois minutos depois. Aos 16, Lloyd percebeu a goleira japonesa adiantada e arriscou o chute da linha do meio-campo. A goleira voltou no desespero para evitar o gol por cobertura e ainda tocou na bola, mas ela bateu na sua trave direita e entrou: 4 a 0.
Com a “viola em cacos” já naquele momento, o Japão descontou ainda no primeiro tempo, com Yuki Ogim, aos 27. Depois, chegou a sonhar com uma improvável reação ao voltar a marcar aos 7 minutos da etapa final, quando Julie Johnston desviou um cruzamento para o próprio gol, pegando a goleira Hope Solo no contrapé.
Dois minutos depois, entretanto, as norte-americanas voltaram a aproveitar a fragilidade defensiva das japonesas na bola área e decretaram o 5 a 2 com um gol de Tobin Heath, que recebeu na pequena área e finalizou de primeira para as redes. Ali a esperança japonesa ruiu de vez e os EUA só precisaram administrar o placar até o final.